Capítulo 27

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Olhei no relógio mais uma vez.

Devia ser algo em torno da centésima em menos de dois minutos. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação.

NADA

Quando a Bia me mandou mensagem convidando para o lançamento do filme, eu nem sei descrever a agonia dentro do meu peito. Eu não conhecia muito desses filmes. Sempre fui muito mais adepto aos filmes que valorizavam a minha cultura, mas, como era um motivo justo, convidei Alana para maratonar todos os filmes de super herói que existiam.

Pensei que começaríamos com o Super Homem, mas Alana me explicou que veríamos os filmes da Marvel, e o que o homem que nasceu em Krypton é da DC. Pela cara que fez ao me explicar, eu deveria saber de algo assim obvio.

E assim consegui assistir todos os filmes com os heróis necessários para que não me sentisse perdido pelas quase três horas de emoção que nos estavam sendo prometidas.

Meu irmão assistiria o filme com Sam em um horário durante o dia, Poncho faria o mesmo com Alice. No fim das contas apenas eu consegui vir.

Parte da minha consciência dizia que eu estava errado em sair com uma mulher sozinho. Quer dizer, o Mateus estaria conosco o tempo inteiro, mas eu não devia estar fazendo aquilo.

E se a Sam estivesse certa? E se no fim tudo acabasse em uma grande confusão?

Eu não queria isso.

Mas também, por outro lado, faltava menos de dois meses para que eu retornasse a minha casa, minha vida e minhas responsabilidades. Menos de dois meses para que eu passasse o resto da minha vida sendo o homem que eu havia escolhido ser.

Em breve não precisaria mais me preocupar com nada.

Não precisaria mais me questionar sobre estar apaixonado ou provar as pessoas que, apesar de tudo, Bia é apenas uma amiga. A única coisa que deveria me preocupar seria em viver uma vida estável com minha futura esposa oferecendo conforto e proteção a ela.

Entretanto, algo dentro de mim gritava que eu, por mais distante que estivesse, não conseguiria nem por um segundo deixar de pensar ou me preocupar com a Bia.

Entretanto, algo dentro de mim gritava que eu, por mais distante que estivesse, não conseguiria nem por um segundo deixar de pensar ou me preocupar com a Bia

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Não demorou muito para que os visse. Mateus caminhava despreocupado sorrindo ao lado da mãe. Bia estava linda. E, apesar de suas roupas não se parecerem em nada com os sáris típicos do meu país, não conseguia parar de imagina-la naquelas peças.

Bia ficaria ainda mais deslumbrante.

Notei quando pegou o celular do bolso, provavelmente para me avisar eu havia chegado. Não tinha como ficar alheio a isso. Eu conseguia sentir a presença de Bia, não sabia como, mas quando ela chegava em algum ambiente o ar mudava. Era como se... como se...

Como uma pessoa que está apaixonada por outra e sente sua presença.

Será que...

Meus pensamentos foram interrompidos graças ao celular avisando que eu tinha uma nova mensagem. Uma mensagem dela.

Tradicional Essência [Degustação]Where stories live. Discover now