cap 27

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AMOR
1985 - AMAR SE APRENDE AMANDO 

O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo 
acha a razão de ser, já dividido. 
São dois em um: amor, sublime selo 
que à vida imprime cor, graça e sentido. 

"Amor" - eu disse - e floriu uma rosa 
embalsamando a tarde melodiosa 
no canto mais oculto do jardim, 
mas seu perfume não chegou a mim.

Carlos Drummond de Andrade

Essa demora da Sara está estranha, enquanto ela caminhava pelo banheiro, eu há vi parando para conversar com várias pessoas, tirar fotos

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Essa demora da Sara está estranha, enquanto ela caminhava pelo banheiro, eu há vi parando para conversar com várias pessoas, tirar fotos. Enfim essas coisas.

-Maria, por favor vá até o banheiro feminino, vê se está tudo bem com Sara, ela está demorando demais. -peço gentilmente a amiga da minha oficial namorada agora, namorada por enquanto.

-Nossa essa demora mesmo dela está estranha, vou lá rápido e já volto.

Então ela se vai, e eu não consigo focar a minha mente em nada que não esteja relacionado a demora da minha carinho. Tento pensar em coisas boa, mas inutilmente, em menos de dez minutos Maria vem correndo feito uma maluca dentro do salão.

-Pelo amor de Deus Noah, chame uma ambulância a Sara está toda ensanguentada desmaiada dentro do banheiro. -de repente meu chão se abre, eu perco a cor, perco o sentido. É como se uma faca estivesse sendo cravada no meu peito.  Como assim, desmaiada, ensanguentada? Odeio sangue, odeio, simplesmente odeio. Lana botava sangue para fora praticamente a gestação toda de Clarisse por conta da sua doença. Por isso tenho pavor em ver sangue.

Não é nada grave, mentalize isso Noah. Alguém tem que ficar firme porra. Mentalizei isso milhares de vezes.

-Não vou chamar ambulância nenhuma. Eu vou levá-la agora. -saio correndo rumo ao banheiro. Quando chego a cena que me deparo é de realmente cortar o coração. Ela está tomada por sangue, e sua mão pousada na barriga, sua cor está pálida, ela está gélida. Eu há pego em meu colo.

-Maria pega a bolsa dela por favor, aqui ao lado esquerdo tem uma saída de emergência, e é por lá que iremos sair. -saio com a minha carinho nos braços totalmente desfalecida, algumas pessoas nos olham querendo entender a situação, por sorte não tem nenhum jornalista nada do tipo por perto.

-Charles, eu sei que a Sara é como se fosse a tua irmã, mas por favor antes de você ir para o hospital, fique Aqui, ajeite as coisas para ninguém de fato saber o que houve, não quero que a ela seja exposta sem ao menos sabermos o que aconteceu. -digo enquanto acomodo Sara no banco de trás do carro.

CAÍDA AOS PÉS DO JUIZ Where stories live. Discover now