39 - O interrogatório.

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*28 de Abril de 2013*

*Louis POV*

Acordei com o barulho no andar debaixo, olhei à volta e lembrei-me que estava em casa da Penélope, em casa e no quarto dela.

A vinda do João ontem abalou-a muito, ela fez-se de forte o tempo todo. Mas assim que ele se foi embora ela desabou. E não era para menos, todas as coisas que ele disse e fez... Empurrar a Mónica e quase magoar a minha irmã? Ele não tem limites. E depois, para piorar, tentar virar a Penélope contra a Mónica fazendo da Penélope uma autentica parva. Mas a minha menina chegou para ele e para além de lhe ter dado um estalo bem assente naquela cara, ainda lhe disse umas verdades. E muito bem ditas.

Depois de a ter trazido para o quarto e de ela ter falado um pouco, acabou por adormecer. Na hora de jantar eu trouxe-lhe o jantar e ela acabou por me pedir que eu ficasse com ela esta noite. Acabei obviamente por aceder ao seu pedido.

- Bom dia... - A sua voz sonolenta acorda-me dos meus pensamentos.

- Bom dia... - Sorri carinhosamente enquanto fazia um carinho na sua cabeça. Ela estava a dormir sobre o meu peito. - Dormiste bem?

- Sim... Obrigada por teres ficado. - Ela rodou sobre ela e pousou a cabeça na sua almofada.

- Estavas bem aqui... Não entendo porque saíste. - Resmunguei em tom de brincadeira fazendo-a rir.

- Vou lavar os dentes, Louis. - Falou e levantou-se da cama.

Ela dirigiu-se à casa de banho e eu fiquei no meu sítio à espera dela, era domingo e eu sei que ela vai voltar para a cama.

- Feito. - Falou entrando no quarto de novo e deitou-se na cama ficando virada para mim. - Isto é estranho...

- O quê? - Perguntei já virado para ela.

- Tudo isto... Nós...

- Como assim?

- Isto entre nós... Está a ir tão rápido... - Ela falou com os seus olhos, castanho chocolate, fixos nos meus.

- Não te sentes bem com isso? - Perguntei, pela primeira vez receoso da sua resposta.

- Sinto-me bastante bem... E talvez isso me assuste... - Ela desviou o olhar.

- Pen... - Eu chamei e ela olhou de novo para os meus olhos. - Eu não sou o João.

- Eu sei que não...

- Gostas de mim? - Assim que acabei a minha pergunta ela esbugalhou os olhos. - Sim ou não?

- Sim. - Ela respondeu depois de algum tempo a pensar.

- Então vive... Não penses tanto. Pensa apenas que eu não sou o João... Entrega-te e confia em mim. Assim como eu quero confiar em ti. - Ela sorriu. - Eu gosto muito de ti, Penélope.

Ela aproximou o seu rosto do meu, mas eu, coloquei a minha mão na sua cintura fazendo com que todo o seu corpo se aproximasse de mim. Ela soltou uma gargalhada animada e colocou uma das suas pernas entre as minhas, deixando assim metade do seu corpo sobre o meu. Os nossos rostos estavam próximos o suficiente para eu sentir a respiração dela e ela sentir a minha. "Eu sou mesmo capaz de me habituar a isto." Ela murmurou, e assim que acabou de falar juntou os nossos lábios fazendo a minha pele arrepiar. O beijo estava demasiado perfeito para ser realidade, era ousado e provocador. Uma das minhas mãos estava perdida no fundo das suas costas e a outra estava no seu pescoço não deixando-a afastar-se um centímetro que fosse.

- Devíamos ir para baixo... - Ela falou entre o centésimo beijo.

- Não. - Eu respondi nunca me afastando dela fazendo-a rir.

The Girl Next Door - l.t.Where stories live. Discover now