47. - Petrópolis

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*24 de Maio de 2013 *

*Penélope POV*

Saímos de Portugal com menos roupa e mais comida, sim, o Louis encheu quase uma mala com ovos-moles. Disse e argumentou que tinha que levar para todos, e claro, uma dose extra para ele! Acho que vou chegar à Doncaster sem roupa nenhuma nas malas.

A viagem foi cansativa mas, felizmente, consegui adormecer e por isso fui a viagem quase toda a dormir. O Louis apenas me acordou quando chegamos.

Chegamos ao Brasil ontem à noite e viemos de carro até à cidade natal da Mónica, Petrópolis. Ela fez-nos prometer que vínhamos aqui passar uns dias e claro, tínhamos que ficar em casa da sua avó. Quando chegamos já era quase noite, a pobre Senhora esteve à nossa espera com um pequeno jantar para não nos irmos deitar sem comer nada. E claro, tivemos que lhe pedir para arrumar os ovos-moles num lugar seco e fresco.

Acordei ainda com os horários Europeus, neste caso. O fuso horário português e inglês é o mesmo, por isso não nos incomodou minimamente. Mas, aqui no Brasil, eu acordei ás 6h da manhã a pensar que eram 10h.

Acabei por adormecer de novo, depois de me aconchegar ao Louis que, apesar de ter remoído algumas coisas numa língua desconhecida, me puxou para ele.

Acordamos de novo por volta das 9h, eu estava completamente perdida nos horários e o Louis apenas se ria de mim. Tomei o meu banho na pequena casa de banho do corredor e o Louis tomou a seguir a mim.

- Afinal que horas são!? Porque é que o mundo não tem todo a mesma hora? — Reclamei.

- Ontem avisei-te para alterares a hora no teu telemóvel. — Ele brincou. — São 9h48...

- Está calado, Louis! — Resmunguei enquanto acertava as horas pelo telemóvel dele. — Ponderei alterar hoje, não pensei que fosse acordar às 6h da manhã a pensar que eram 10h!

- Sério, Penélope? — Riu de novo e eu acabei por me rir com ele.

Acabamos de nos arranjar, o tempo aparentava estar fresco, mas um fresco tolerável e agradável. Descemos para o andar de baixo onde estava a avó da Mónica.

- "Bom dia Dona Silvânia!" — Saudei assim que entramos na cozinha.

- "Bom dia, meninos. Já acordaram?" — Falou quando nos encarou. — "Dormiram bem?"

- "Ahh, sim. Obrigada." — Sorri.

- "O seu namorado não fala português não?" — A Senhora perguntou.

- "Bem... Nós... Ham... Ele não é meu namorado..." — Falei envergonhada. — "Mas não... Ele fala apenas Inglês..."

- "Tudo bem... Vocês vão gostar disto aqui!" — A Senhora falou simpática.

- "Sim, acredito que sim!" — Sorri. Terei que ensinar o básico de português ao Louis, o coitado parece um tolo a olhar para nós sem entender nada.

- "Preparei-vos o café da manhã, nada de muito especial... Café e leite, umas torradas e fruta. Sirvam-se à vontade." — Apontou para a mesa e nós sentamo-nos.

- "Obrigada." — Sorri.

- "Chamei minha neta, Juliana... Ela vai mostrar a cidade a vocês."

- "Ahh, que bom!" — Agradeci entusiasmada. — A neta dela, a Juliana, vai-nos mostrar a cidade! — Falei entusiasmada para o Louis.

- Boa! — Ele falou também entusiasmado.

Acabamos de tomar o nosso pequeno-almoço e entretanto a Juliana já tinha chegado, felizmente ela falava inglês e o Louis já podia entrar na conversa.

The Girl Next Door - l.t.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant