66 Em fim, livre.

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Meu celular tocava insistentemente no criado-mudo e eu tentava ignora-lo na mesma intensidade. Porém não estava dando muito certo, achei que a pessoa desistiria de me encher depois da quarta ligação ignorada, mas não rolou.

Mas porque eu simplesmente não atendia essa droga ou desligava ele?

Bem, porque eu estava com zero disposição e também com nenhuma vontade de sair do meu quarto ou conversar com alguém. E eu sabia que quem me ligava era uma das meninas, e também conhecia o porquê de tanta insistência. Aposto que queriam me arrastar para algum spar ou sei lá o que.

— Vai à merda! — gritei ao atender o celular.

— Que estresse é esse Lou, é seu aniversário. — Emma parecia animadíssima.

— Exatamente por isso, porque não me deixam em paz seria um ótimo presente de aniversário para mim. Eu quero dormir! — reclamei.

— Para de ser chata Louise, estamos indo para aí. — ouvir a voz de Lily.

— Não ousem chegar aqui, eu não vou recebe-las, estou avisando. — deixei claro, eu não estava com paciência.

— Tô nem aí, eu quero explicações Louise, dane-se seu mal humor. — Mia não parecia muito contente.

— Explicações para quê?

— Por meu primo está tão arrasado. — então o que tentei ignorar ontem, vem como uma bomba, os sentimentos, pensamentos, tudo.

Ele está mal?

Engoli em seco e tentei recuperar minha voz.

— Não se intrometa no que não é da sua conta Mia.

— Somos suas amigas Louise, queremos apenas ajudar. — Emma informou.

— Pois me deixem em paz. — desliguei a chamada na cara delas.

Encarei o teto por um tempo, meu coração estava inquieto dentro de mim. Achei que iria sufocar de tão apertado que ele estava. Uma lágrima solitária rolou pelo meu rosto.

— Por que você mentiu, Thomas?

Foi a última coisa que falei antes de voltar a dormir tranquilamente.

Porém minha paz não demorou muito tempo, um barulho insuportável de buzinas e palmas me fizeram saltar da cama assustada. Encarei as pessoas no meu quarto que cantavam o famoso: "Parabéns para você".

— Feliz 18 anos querida! — mamãe gritou e correu para me abraçar.

Eu estava estática fitando as pessoas que acabaram com meu sábado. Meu pai, Grace, Ben, minha mãe, minhas melhores amigas e Naomi. Uma vontade imensa de jogar todos pela janela me subiu. Não se pode ter paz no próprio aniversário?

— Que cara é essa querida? — mamãe perguntou sarcástica. Ela sabe que odeio acordar com tanto escândalo. Apenas lhe lancei um olhar mortal.

— Feliz aniversário Lulu. — Ben veio até mim e me abraçou, minha ira se dissipou um pouco. Esse loirinho é meu ponto fraco. Muito espertos em traze-lo.

— Obrigado meu amor. — beijei sua bochecha.

— Fadinha. — papai me chamou e eu levantei. Ele me envolveu em um abraço. — Desculpa te acordar, foi tudo idéia da sua mãe.

— Eu sei, está desculpado. — deitei minha a em seu peito. Como era bom está em paz com o meu pai.

— Como é? Então você acredita nele? — mamãe começou com seus ciúmes.

A Garota RebeldeWhere stories live. Discover now