Boo Seungkwan

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- Seungkwan. Boo Seungkwan. E você? – ele disse sem se virar.

- Eu sou Ariam. Sanders Ariam.

- Prazer, Sanders. – ele me olhou e sorriu.

- O prazer é meu, Boo. – eu respondi olhando para ele.

Ele saiu fechando a porta atrás de si.


...


Após um tempo ele voltou com uma bandeja, onde havia uma tigela com sopa, algumas frutas e um suco.

- Obrigada. Mas não sei se consigo comer tantas coisas.

- Pelo menos tente comer um pouco da sopa. Vai te dar energia.

Enquanto comia, ele me analisava, sentado na cadeira, próximo a cama.

- Onde exatamente é aqui? Quero dizer nunca vi você em Village Wolf, onde fica sua casa?

Ele pareceu nervoso. Remexeu-se um pouco na cadeira, apoiou os braços nas pernas, baixou a cabeça e suspirando, então, finalmente, disse:

- Eu moro na floresta de Village Wolf.

Ia colocar a colher na boca, mas ao ouvir sua resposta, derrubei a colher dentro do prato de sopa. Acho que perdi a cor. Fiquei um tempo em silêncio. Olhei a neve caindo e sem me virar para ele, disse:

- Você sabe o que falam sobre essa floresta?

Ele respirou fundo, como se estivesse prestes a revelar algo, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, fomos interrompidos por uma batida na porta.

- Com licença. – ele disse se levantando – Já volto. Termine de comer.

Ele saiu e fechou a porta atrás de si.

"O que poderia ser tão importante para fazer alguém sair assim no meio de tanta neve? E quem pode ser ele para viver no meio da floresta? Será que as lendas são verdadeiras? E se forem, será que ele é um deles?"

Meus pensamentos estavam a mil e eu não conseguia raciocinar direito, mas, rapidamente fui tirada deles, quando ouvi alguém falar alto.

- Como ela está?

- Parece melhor. – essa era voz do Boo.

- Ela já acordou?

- Já.

- Bem eu vim apenas para trazer o que você me pediu.

- Obrigado. Você é um bom amigo.

- Não me agradeça ainda. Você sabe que ficará me devendo.

- Sempre – Ouvi Boo rir.

- Bom eu já vou indo, deixar você conversar melhor com a sua nova amiga. Depois me conta como foi.

- Tudo bem.

- Até mais.

Assim que se despediram, ouvi o barulho da porta sendo fechada e não demorou muito, ele voltou para o quarto, onde me encontrava.

- Parece que você gosta mesmo dessa paisagem.

- O quê?

Ele riu e apontou a janela.

Não havia nada demais lá fora. Apenas árvores e mais árvores, todas cobertas por grossas camadas de neve. Monótono, mas lindo. Não se via nada, além disso, nenhuma casa, nenhuma rua, nem mesmo ouvia-se barulho de carros, pessoas ou animais. Aquele silêncio era assustador.

- Você não parou de olhar para fora nem um momento.

- Desculpe-me. É que estou um pouco desconfortável.

- E eu posso te ajudar em algo?

- Bem eu gostaria de tomar um banho, se não se importa.

- Tudo bem eu te ajudo.

Ele pegou a bandeja do meu colo e colocou sobre a cadeira, onde, antes, estava sentado. Pegou minha mão, caso eu me desequilibrasse, e me acompanhou até o banheiro.

- Estou me sentindo péssima por estar te dando tanto trabalho e nem ao menos nos conhecemos direito.

- Não se preocupe com isso agora. Você deve se preocupar em melhorar, ok?

- Ok!

- Eu vou ver se acho algumas roupas limpas para você e deixo em cima da cama.

- Obrigada.

Eu entrei no banheiro, fechando a porta e torcendo para ser capaz de me manter em pé sem ele precisar me ajudar, mas foi só quando me olhei no espelho que notei que não estava usando a roupa com a qual saí de casa.

Filhos da Escuridão ↬ Boo SeungkwanOnde histórias criam vida. Descubra agora