Vamos levá-lo junto

54 7 22
                                    


*Aviso: Pode conter cenas e palavras que remetam a agressão sexual.*


Não via nada, mas sentia que estava sendo carregada por alguém. Sentia-me desorientada e confusa. Sentia um cheiro forte de bebida. Tudo girava.

De repente fui jogada violentamente sobre a cama. Por alguma razão eu não podia me mover, mas então alguém tirou a venda do meu rosto e, a princípio não pude distinguir muita coisa, pois a luz ofuscava minha visão. Quando me acostumei a claridade, pude reconhecer o meu sequestrador.

- Parece que a lobinha finalmente recobrou os sentidos. - meu pai disse dando um gole na garrafa que segurava limpando, em seguida, a boca com as costas de uma das mãos.

- O que você quer comigo? Onde estamos?

- O que eu quero? Quero apenas aquilo que sempre quis. Você! - fiz cara de confusão. E ele se aproximou de mim. - Você ficou tão bonita depois que cresceu e virou mulher. - ele passou a mão pela minha bochecha. - É uma pena que eu não tenha sido o primeiro a te dar prazer, mas não tem problema! Eu sei dividir.

Dizendo isso ele largou a garrafa na mesa ao lado e, mais do que depressa, aquele nojento rasgou a parte de cima do meu vestido e subiu em cima de mim, colocando uma perna de cada lado do meu corpo.

- Por que está fazendo isso? Você é meu pai!

- Não querida. Eu não sou seu pai. Não contribuí em nada na sua concepção. Eu apenas fui encarregado de criar você, junto das minhas verdadeiras filhas. E ainda bem, não é? Ela jamais me permitira tocar em você se eu fosse.

- "Ela"? "Ela" quem?

- Você ainda não descobriu? Melhor assim!

Aos poucos, ele foi tirando sua blusa e se deitando por cima. Começou a se esfregar em mim, passava suas mãos pelo meu corpo e quando quis me beijar, eu virei o rosto. Ele pegou no meu maxilar com força, me fazendo olhá-lo. Aquilo estava me dando nojo e muita raiva. Meus olhos começaram a mudar de cor e ele riu.

- Aí está! Quem você realmente é. Se você soubesse usar essa raiva eu até estaria com medo, mas como não sabe vai sofrer nas minhas mãos. - ele riu mais uma vez. - Você não sabe como isso pode ser excitante. Olhe. - ele colocou minha mão sobre o volume em suas calças e eu senti meus olhos lacrimejarem. - Ora, não precisa chorar, pense que eu sou aquele vira lata que você tanto gosta e vamos nos divertir. Acredito que eu sou melhor do que ele. Posso te fazer visitar a lua. Você não quer?

- É claro que não seu idiota.

Nesse momento levei um tapa na cara.

- Não responda para mim assim. Eu queria ser gentil com você.

Aquilo me irritou mais ainda.

- "Ser gentil"? Não me faça rir. Você nunca me tratou bem, nunca me respeitou e agora vem falar de gentileza? Eu não sei como está me mantendo imóvel, mas me solte e eu te mostro do que sou capaz!

- Nossa, ficou corajosa de repente? Cuidado com as companhias, está ouvindo? Eu queria sim, te mostrar pelo menos uma vez meu lado romântico, mas você não facilita. Nunca facilitou. Agora você terá o que merece.

Ele levantou um pouco e arrancou com força o que ainda havia sobrado do meu vestido. Eu ainda não conseguia me mexer, isso me agonizava muito, e ele voltou a passar as mãos em mim, agora nas minhas coxas e pela barriga. Aquilo estava me irritando cada vez mais e me dando mais e mais nojo.  Forçava-me a não encará-lo, mas ao mesmo tempo a não chorar.

Filhos da Escuridão ↬ Boo SeungkwanWhere stories live. Discover now