Você podia ser meu pai!

47 6 0
                                    


Quando a gente diz que precisa descansar, o fazemos na esperança de que todos, os que dizem gostar de nós, nos entendam ou, ao menos, nos respeitem. Mas era óbvio que isso não se aplicava a pessoa que Boo Seungkwan era.

Eu, realmente, havia me iludido achando que conseguiria pegar minhas coisas e sair sem ser notada por ninguém, mas em nenhum momento imaginei que Mingyu teria falado tão rápido com Seungkwan e dito a ele onde eu poderia estar. E, pensando agora, eu deveria ter suspeitado e, por não ter sido tão esperta a esse ponto, eu estava destinada a encarar a única pessoa que eu não queria ver nesse momento. Eu não me encontrava em condições de discutir, muito menos de ouvir qualquer justificativa que ele tivesse para me dar, acerca do fato de eu também ser uma deles.

- Sabia que esse seria o primeiro lugar que viria. Depois que Joshua e Mingyu me contaram o que você falou para eles, pedi a Cláudia que deixasse que eu viesse para te esperar. - Seungkwan fala, mas eu não digo nada, nem o olho, ele então me chama num tom mais calmo. - Ariam...

- Pare com isso, tá legal? Não me chame nesse tom. Veio até aqui por quê?

- Precisamos conversar.

- Eu não tenho nada para falar com você. Agora se não se importa...

- Temos sim e você sabe disso. Você nem deixou a senhora Kim terminar. Nem deixou eu explicar.

- Explicar o que? Você sabia de tudo desde o início e me escondeu isso.

- Não, Ariam. Eu...

Seungkwan tirou a mão do meu braço e a trouxe a minha bochecha, a acariciando. Eu fechei os olhos, automaticamente. Não queria admitir, mas Seungkwan fazia com que eu tivesse reações que não concordavam com o que eu pensava no momento. Ele coloca a outra mão no meu pescoço e me puxa ao seu encontro, depositando minha cabeça em seu peito, enquanto acaricia meus cabelos.

- Por favor me deixa te ajudar? Eu estou aqui para isso. Deixa eu explicar o que você ainda entendeu?

Eu escutava o que ele dizia e, sinceramente, ainda estava zangada com ele, mas queria muito estar nos braços dele. Involuntariamente, cruzo meus braços nas costas dele. Seungkwan tinha algo familiar que me fazia não querer sair dos seus braços mesmo que eu estivesse com raiva dele.

- O que você tem para me dizer que fará com que eu entenda? - eu me solto dele, depois de minutos naquele estado anterior, e o encaro. 

Ele retribui com os olhos cheios de desejo e eu só consigo olhar para seus lábios deliciosos. Ele parece entender e vem em minha direção. Me puxa, outra vez, mas, desta, com menos delicadeza, tomando minha boca na sua com força, como se fosse a última coisa que faria naquele momento. Ele me abraça e beija de um jeito único. É saudoso e muito urgente. Logo nos vimos pedindo por ar, mas ainda assim recomeçamos um novo beijo. Ele me enlaça pela cintura e me ergue do chão. Eu cruzo minhas pernas na costas dele, que caminha comigo, em seu colo, sem nunca deixar de me beijar, até chegarmos no sofá, onde ele senta comigo sobre ele.

- Seung... - eu comecei parando nosso beijo e colocando a mão na boca dele quando o mesmo ameaça investir em minha direção. 

- Não devemos.

- Ariam você quer tanto quanto eu e nós dois sabemos disso. - ele disse ofegante, enquanto nossas testas de encostam e ele me encara firme.

- Por favor.

- Tem certeza?

- É o melhor pra nós dois.

Foi o que eu disse e era o certo a ser feito, mas minha parte interior parecia ter outras coisas em mente. Enquanto Seungkwan me olhava e eu sentia seu cheiro familiar, o toque dos lábios dele, que ainda continuava vivo em mim, me senti fora de controle outra vez. Senti meus olhos ficando vermelhos e investi contra ele abrindo sua camisa com violência, o deitando no sofá, subindo em cima dele. Rapidamente tomo seus lábios mais uma vez com vontade. Com a força que estava colocando em meus gestos, nós rolamos e Seungkwan cai de costas no chão.

Filhos da Escuridão ↬ Boo SeungkwanOnde histórias criam vida. Descubra agora