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Klaus não se lembrava da última vez que havia dormido, e antes de abrir os olhos ele deixou que seus sentidos degustassem das sensações a sua volta.

A cabeça de Bonnie estava deitada sobre seu peito, a mão dela repousava sobre suas costelas, o aroma suave que ela tinha inundou suas narinas quando ele a inalou. O som do coração, agora bem mais lento do que na noite passada.

As lembranças o fizeram arrepiar. Bonnie chamando seu nome em súplica nas cinco vezes em que atingiu o orgasmo. A magia dela espalhada pela cama, como um componente importante do sexo. O corpo quente da bruxa era capaz de incinera-ló quando ela exigia mais prazer e como um servo obediente Klaus lhe dava. Cada estocada, cada gota de sua semente, cada sussurro de desejo, as juras de amor escorriam por seus lábios, as vezes sem emitir som, sempre que os olhos verdes brilhavam em sua direção.

Sua mulher estava de volta nos seus braços, e ele se perguntava como pode viver sem ela por uma eternidade? Para um imortal, 15 anos não significavam muito, mas para um imortal, completamente apaixonado, 15 anos era uma vida. A vida da filha que ele só agora conheceu.

O orgulho tamborilou em seu peito. Kori era incrível em todos os sentidos, tão bela quanto à mãe, inteligente, bondosa, corajosa e tinha o poder de um Mikaelson.

Há alguns dias o híbrido passou a ler as cartas que Bonnie lhe escrevia, a intenção era conhecer mais a filha, saber como foram seus primeiros anos, embora Kori adorasse contar a ele sobre sua infância e as coisas que fazia quando eram só ela e a mãe.

Saber que Bonnie o amou, mesmo sem se dar conta, por todo esse tempo, era reconfortante. Klaus não é do tipo que se arrepende, mas o remorso era inevitável considerando o tanto que ele perdeu nesses anos.

Bonnie se mexeu e trocou de posição, Klaus esperou que ela se acomodasse e tratou de abraçá-la novamente. Ele não fazia o tipo grudento, mas não perdia a oportunidade de tê-la tão perto. Ele precisava aproveitar os minutos antes que o despertador infernal dela tocasse e a bruxa saísse para cuidar da vida, sempre tão atarefada. Ele a apertou contra o corpo quando a sensação de passarem mais dias longe um do outro o invadiu. A bruxa ainda era teimosa sobre lhe dar uma chance e parecia ceder apenas a tensão sexual.

O contorno do corpo nu de Bonnie lhe tirava o controle, e ele teria a acordado se ela não estivesse tão sobrecarregada nas últimas semanas. Além do trabalho como advogada, ela se dedicava nos cuidados com Kori, e estendeu seu instinto maternal a Hope sem ninguém precisar dizer uma palavra.

Ela pairava sobre as duas como um anjo protetor, e Klaus se orgulhou em ver como ela e Hope se davam bem... Até mais do que bem. A filha mais velha respeitava Bonnie, admirava a bruxa mais poderosa que ela já conheceu, e isso criou um laço de amizade e respeito mútuo. Ainda que Klaus tivesse notado que Hope parecia um pouco tensa quando a interação era entre eles dois e Kori, o convívio em família vinha se mostrando prazeroso.

O maldito despertador tocou, mas Klaus não deixou que aquele som desagradável acordasse sua adorável bruxa. Ele silenciou o aparelho antes que o som reverberasse.

A tarefa de tirar Bonnie do mundo dos sonhos era dele.

Ele beijou o pescoço dela, delicadamente. E continuou beijando, a excitação era inevitável.
A bruxa se remexeu, se dando conta da carícia que recebia e passou a desfrutar com um sorriso nos lábios.

"Você ainda esta aqui?" Ela sussurrou baixinho, mas Klaus a ouviu perfeitamente.

Ele a virou de frente e praguejou ao ver os olhos límpidos, brilhantes, reluzindo a luz da manhã no oceano jade, cheio de frescor.

"Não há outro lugar que eu deseje estar, amor." Ele admirou o corpo nu que agora estava exposto sem a proteção dos lençóis. Ela sorriu feliz e o beijou, com paixão.

O Diário de Kori - KlonnieOnde histórias criam vida. Descubra agora