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No dia seguinte em que apagou a memória de Bonnie, Klaus não planejava encontrá-la. Mas lá estava ele, à espreita no Mystic Grill, escondido como um maníaco enquanto via sua bruxa dar atenção ao flerte do insuportável Jeremy Gilbert.

O ódio lhe consumia, mas não tanto quanto o remorso. A vontade de ir até ela e desfazer a maldita compulsão lhe causava quase uma dor física.

Ela estava linda, embora parecesse um pouco chateada e cansada. Klaus a seguiu com o olhar, viu quando ela foi ao banheiro e a seguiu até o corredor. A decisão de desfazer a compulsão estava tomada. Ele não suportaria viver longe da sua bruxa.

O som dela soluçando lhe fez congelar e se esconder nas sombras. Pensar nela chorando quase o fez correr para dentro do banheiro, mas as palavras dela eram um alerta.

"Como eu me deixei seduzir por aquele híbrido maldito?" Ela choramingou em frente ao espelho. Sua vontade era a de não ter saído de casa naquela noite, mas a possibilidade de ver Klaus a fez se arrumar e aguentar algumas horas de sorrisos falsos e olhares constantes para a porta.

Dois miseráveis rastejando no lodo deixado por um amor intenso de mais. Aquele amor que fere a medida que aumenta.

Possessivo, sufocante. Longe de ser o amor saudável e libertador de que tanto se fala. O amor deles era denso, palpável de tão material.

A necessidade de Klaus em controlar a impulsividade de uma bruxinha com 1/10 da sua idade e experiência estava constantemente em choque com o prazer de ter o ser mais poderoso do mundo como amante e mentor.

As palavras que o híbrido lhe dizia eram um carinho ao seu ego jovem, o sotaque, a voz, os olhos que já viram quase tudo ainda brilhavam quando era o rosto dela que via.

Toda essa sensação não foi retirada da mente e do coração de Bonnie. Klaus a adorava, mesmo assim, eles tiveram uma noite do melhor sexo que ela jamais teria, mesmo assim ele foi embora, mesmo assim, ela sentia que o lugar dele era junto dela.

Nada fez Bonnie esquecer aquele amor. Ela apenas recolocou os sentimentos de acordo com as novas memórias e deduziu se tratar de um romance absolutamente unilateral.

✨✨✨✨✨✨

Kori estava sentada no banco do jardim, desenhando um pássaro que montava seu ninho não longe dali, ela o via em detalhes rápidos, sua visão ampliada, quando o bichinho descia ao chão para pegar itens que julgava serem adequados para sua morada.

Desde o aniversário de Hope em New Orleans ela sentia-se mais solitária do que nunca.

Sua irmã mal falava com ela e recusou todas as tentativas de conversa que ela fez, Lizzie era a sombra de Hope agora que a Mikaelson finalmente lhe reconhecia, e Josie era uma sombra da sombra de Hope.

O único que mantinha a naturalidade com ela era Dylan, mas os cochichos nos corredores sempre que eles estavam juntos era um novo incomodo.

"Você sabe o que andam dizendo de nós?" Ela perguntou.

"Não me importo. São um bando de desocupados." Dylan rebateu.

Kori engoliu em seco. Mesmo concordando com o amigo ela não gostava do que diziam. Eram rumores que ninguém sabia de onde vinham e eram tão exdrúxulas que Kori até riu quando ouviu o primeiro que lhe contaram por um bilhete anônimo.

Disseram que Dylan descobriu que ela era lésbica quando a viu fazendo sexo oral em uma menina durante a festa de Hope.

Outro rumor dizia que ela era bissexual e que foi flagrada em um menáge com Dylan e uma menina misteriosa.

O Diário de Kori - KlonnieWhere stories live. Discover now