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A garota mal podia acreditar que estava passando um final de semana na casa de seu pai, só os dois. Todas as vezes que ela pensava nisso seu coração disparava.

Klaus a deixou fazer o dever de casa quando chegaram, depois deixou que ela escolhesse a pizza com a combinação mais bizarra que ele já vira entre doce, salgado e ácido.

Kori era luminosa, divertida, lembrava Rebekah em muitos momentos e até ele mesmo quando mais jovem. A filha tinha verdadeira adoração pela vida do pai e parecia não se cansar de ouvir as histórias dele.

Klaus podia não se orgulhar de maneira geral quanto sangue derramou por séculos, mas ele fez muito mais do que a selvageria do vampirismo. Ele viajou o mundo, conheceu terras inexploradas pelo homem, ele foi o primeiro homem a realizar muitos feitos, como escalar o monte Everest, ou nadar em águas absolutamente congelantes do polo norte.

Ele sozinho evitou catástrofes, tanto quanto as cometeu, é fato, mas ao longo da história patrocinou jovens brilhantes, possibilitou projetos promissores de desenvolvimento e progresso, além de sua contribuição com o mundo da arte.

A jovem Bennett não perdia a ótica  de deslumbre sobre o pai, ao contrário, a cada descoberta sobre a história da vida do ser mais antigo que já andou sobre a terra era como um banquete para uma mente inquieta como a de Kori.

Hoje, ela adormeceu, tarde da noite, enquanto o ouvia contar segredos e fatos desconhecidos sobre Leonardo da Vinci.

✨✨✨✨✨

"Lobinha, está na hora." Klaus bateu na sua porta, ele podia ouvir o coração ansioso da filha, e ele também sabia que ela tinha acordado uma hora antes e se arrumado esperando que ele a chamasse.

Ela tomou café da manhã enquanto ele a observava com orgulho.

"Você está acostumada a treinar?" Ele perguntou observador.

"Estou sim!" Ela sorriu, na verdade Kori só vinha praticando magia nos últimos tempos, mas não queria admitir que estava fora de forma.

"Ótimo, eu não vou pegar leve com você." Ele avisou com um sorriso quase maquiavélico. Kori tinha um bom nível de treinamento, exceto pelo fato de ser preguiçosa com os treinos como Bonnie havia lhe contado.

Mas Klaus se ressentia que toda a luta que a garota aprendeu foi na matilha do Sul, com o até então,  candidato a padrasto dela, uma luta sem nenhum requinte, brutalidade lupina pura. Era desgostoso que uma garota adorável como Kori não tivesse refinado seus métodos para além da magia.

"Hope nunca gostou de luta com espadas, mas ela é muito boa em esgrima." Ele comentou orgulhoso.  Não pode deixar de se incomodar com a ausência da outra filha.

"Eu lutei com bastões uma vez, mas me bati mais do que bati no meu adversário, que era um totem de areia e colchonetes." Ela confessou arrancando do pai um sorriso.

O dia começava a clarear quando os dois iniciaram o treinamento juntos. Ela quis ter primeiro as aulas pela esgrima, talvez fosse algo em comum com Hope que poderia amenizar o clima estranho e a distância que estava entre elas.

A luta era realmente interessante, e seu pai era muito bom nisso, com muito esforço e dedicação ela recebeu dele alguns elogios, sobre sua postura e força.

"Pai, posso descansar um pouco?" Ela disse reconhecendo que Klaus realmente não ia pegar leve com ela.

O híbrido achou graça e ficou satisfeito em ver que Kori trabalhava duro, era muito resistente mas no fim das contas era humana.

"Tudo bem, pausa para a água." Ele disse lançando a ela uma garrafa de água e uma toalha.

Os dois ficaram em silêncio, apenas o som da respiração dela se acalmando era ouvido.

O Diário de Kori - KlonnieOnde histórias criam vida. Descubra agora