Que os jogos comecem!

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[14.11.19      01:27am]

— Lee MinHo, tem 21 anos, mora com seus pais e tem três gatos. Memorizei tudinho, percebeu?

Jisung não era estranho como o mais velho pensava. Ele era simpático e bem engraçado, além de ter bochechas super fofas as quais deixou até mesmo MinHo apertar.

— Você é Han Jisung, tem 19 anos e mora sozinho, certo? Ah Jisung, me desculpe, às vezes posso esquecer as coisas facilmente.

— Você acertou tudo, não é tão ruim.

Os garotos estavam nos últimos pedaços da pizza que MinHo trouxera há algum curto período de tempo. Os dois decidiram se conhecer melhor já que a tempestade não havia cessado, sendo assim, o entregador estava ali com o cliente há, no mínimo, uma hora.
Jisung apresentou toda a casa para MinHo, de cantinho a cantinho, das partes mais simples até as mais escuras e gélidas.
Os garotos já tinham até mesmo assistido à um episódio da série preferida deles a qual apenas MinHo havia terminado a nova temporada.

— Turn around and look at what you see... — o maior cantava junto a Dustin e Suzy enquanto a cena passava na televisão. — Make believe i'm everywhere...

— Chega, MinHo! Que escroto. — gargalhando, o loiro tentava tampar a boca dele com as mãos falhando miseravelmente.

— THE ANSWER TO OUR NEVER ENDING STORY!

Conversaram mais um pouco após o episódio, e até jogaram uno.
MinHo sentiu seu celular vibrar ao que um de seus amigos o telefonou.
"Agora, ChaeYoung?" pensou, pedindo desculpas à Jisung que apenas acenou afirmativamente com a cabeça. Não se deu o trabalho de levantar e ir à outro cômodo, fazendo com que Jisung pudesse entender boa parte da conversa.

— Diga! — deu uma leve pausa para que a garota da outra linha pudesse falar — Estou em Francis Hills Street, na casa de um cliente por conta da chuva, por quê?

Novamente, sentiu os arrepios e coração acelerado porém agora somava o tremor em suas mãos. Tentou ignorar as sensações, entretanto, pensando que o fato daquilo estar acontecendo era por conta da temperatura na casa que se encontrava um pouco mais baixa.

— Isso é bobeira, saeng. A mídia tenta lucrar com esses rumores idiotas! — Jisung o encarava sério, talvez soubesse o que o assunto se tratava — Pode deixar, já estou indo. Cuide-se!

Após finalizar a chamada, se encararam. MinHo não queria acreditar nas palavras da amiga, e muito menos da mídia. Era impossível acreditar que aquele garoto em sua frente era capaz de fazer algum mal. Com tantas sensações e pensamentos, resolveu tirar uma de suas dúvidas.

— Por que a temperatura de sua casa é tão baixa?

Jisung riu anasalado, apenas.

— Olha, Jisung, eu acho que é melhor eu ir para a minha casa. Meu expediente acabou e eu estou super cansado. — o entregador levantou-se, pronto para caminhar até a porta se não fosse por Jisung segurando seu braço — Foi um prazer lhe conhecer. Podemos marcar algum dia para nos vermos novamente, mas por ora, realmente preciso ir.

— Não!

O aperto do loiro se tornou mais forte, machucando e marcando a pele do moreno que sentia como se seu coração fosse explodir de tão forte que estava batendo no peito.
Jisung, por sua vez, percebeu o tremor em seu corpo, e isso fez com que a perna de MinHo sucumbisse.

— Você não vai à lugar algum antes de brincar comigo.

A porta fez um barulho. Alguém a trancou assim como as várias janelas da casa, os barulhos foram altos. Quem os trancou? Existia apenas ele e o loiro naquele lugar e ambos estavam longe da porta.
MinHo sentiu o arrependimento bater, lembrando que poderia facilmente ter negado o convite do menor para que ele entrasse. Sentiu vontade de gritar mas não o fez, seu corpo estava paralisado.

— Não precisa ter medo, gatinho. Vamos brincar de pique-esconde, assim como quando você era criança, lembra? Se você vencer eu o deixo ir mas se não, a sua alma é minha. — os olhos do loiro se tornaram negros num passe de mágica, e sua cabeça tombou para o lado enquanto um sorriso ladino surgiu em sua face — As luzes serão apagadas e então você terá um tempo para se esconder. Lembre-se, em todas as rodadas terá um aviso no espelho do banheiro do último andar.

MinHo tentou encarar os olhos de Jisung, tentou achar algum resquício de misericórdia em suas orbes mas foi impossível.
E naquele momento a sua ficha caiu... Jisung era o demônio. O demônio que habitava a famosa casa assombrada do bairro.

— Que os jogos comecem, gatinho.

E então as luzes foram apagadas.

perdão pelo capítulo ruim, eu to tendo tantas ideias mas ta sendo complicado de passá-las para a fic :c

Peek A Boo • hjs + lmhWhere stories live. Discover now