Peek A Boo • hjs + lmh

Não existe acaso!

[06.12.2019      04:16am]

O medo apenas crescia enquanto o barulho de ponteiro do relógio ecoava pela casa, e, de alguma forma, ele não era ao menos disfarçado pelos passos fundos do quarteto. Arrepios controlavam seus corpos e a curiosidade em saber quem era Han Jisung se tornava explícito na face dos três novatos. E, após Fluffy os encontrar, o quarteto não tardou em sair do porão e caminhar pela casa em busca de algum lugar menos perigoso para continuarem a sessão de Ouija calmamente, mas apenas esbarraram no corpo de Lilith que, rapidamente, os encaminhou para o quarto espelhado com o temor de Jisung encontrá-los.

— Ele sabe que há outras pessoas aqui — Lilith contava —, e não vai deixá-los ir embora.

— Eu avisei! — MinHo exclamou, exibindo-se ao que tinha razão.

Em meio a espelhos e espíritos, Jeongin repousou o tabuleiro no chão amadeirado, e aquele ato acabou por produzir um som abafado do objeto encontrando-se com o assoalho, mas ninguém estava afim de o repreender.

— Não acredito nisso... — a única garota ali disse — Não satisfeitos de entrarem nessa casa, ainda vão brincar com isso.

— Na verdade, estamos tentando terminar a sessão. — Felix se manifestou, e Lilith se assustou ao que aquelas sardas fofas escondiam uma das vozes mais profundas que já escutara — Não conseguimos sair do jogo, e estamos à procura da chave.

— Que chave, garoto?

— Do baú. Você conhece algum baú? — rapidamente, MinHo a questionou e acabou por interromper a conversa que ela antes tinha com Felix — Eu preciso saber o que tem lá, Lili, por favor...

Subitamente, o silêncio se tornara estável ao que todos a lançaram olhares no aguardo de alguma resposta ou dica, mas ela nada disse, entretanto. A Kim apenas encarava o chão, paralisada. Por tanto tempo, ninguém soube sobre aquele objeto além dela e seu irmão. Aquele pequeno segredo se tornara invisível por tanto tempo e, de repente, ela sentiu como se todo o ar houvesse se perdido em algum canto para nunca mais ser encontrado.

— A cápsula do tempo... — ela sussurrou.

Nenhum dos meninos conseguiram a escutar e, por isso, a pediram para que repetisse a frase.

— Não é um simples baú, é uma cápsula do tempo. Eu não sei onde está a chave, mas vocês podem tentar encontrá-la com Seungmin. Talvez ele saiba onde está.

— E você sabe o que há dentro?

— Que eu me recorde, há algumas fotos, diários, cartas e até mesmo algumas dicas de esconderijo e passagens secretas. Se vocês encontrarem a chave, pode ser que consigam sair daqui.

Todos assentiram e, rapidamente, sentaram-se em uma roda. Lilith era a única que não estava participando embora depositasse toda a sua atenção nas ações dos meninos. Seus joelhos se tocavam, mas eles ao menos se importaram com aquilo. E, após uma conexão de orbes, pressionaram os indicadores no ponteiro.

— Seungmin, você está aqui? — MinHo questionou.

Os corações dentro da caixa torácica pulavam em medo, e as respirações descompassadas fazia parecer que eles tinham corrido uma maratona embora continuassem sentados.
Minutos se passaram até escutarem sons estranhos vindo da porta trancada. Fluffy. O gato arranhava a madeira afim de entrar, emitindo um barulho irritante no meio daquela quietude. Eles não depositaram a atenção naquilo e, após perceber que Seungmin não os respondera, voltaram a ter um diálogo.

— Por que devemos sair quando ele está perto? — Jeongin questionou, confuso ao encarar MinHo. Ele não respondeu, entretanto, mas direcionou o olhar para Lilith no aguardo de uma resposta assim como o mais novo.