Ela parece quebrada

198 20 0
                                    

A Capitã Marvel se encontrava nas antigas ruínas de um povo que a muito tempo foi esquecido, na companhia de Jane Foster, por mais que acreditasse que a mulher não deveria estar ali. A frágil humana se encontrava no estágio avançado de um câncer maligno cujo a mesma a meses deixou de combater. Ela sabia que não se recuperaria e mais do que tudo não desejava passar seus últimos momentos de vida em um hospital.

Foi por meio de sua instância e pesquisas que Jane encontrou aquele lugar. Uma reportagem de mais de vinte anos atrás chamou sua atenção, nela uma repórter simpática contava sobre alguns objetos antigos que foram encontrados misteriosamente por moradores da região. Mas acontece que tais objetos continham símbolos que não eram da Terra, assim como estranhos selos os envolvendo como estivessem lá para espantar um terrível mal. Ao explorar a região mais a fundo descobriu essas ruínas e chamou a Capitã porque não era louca ao ponto de entrar em catacumbas estranhas sozinha.

Já faziam algumas horas que estavam ali embaixo, lendo as histórias contidas nas paredes, tentando entender seus significados e se maravilhando com as muitas curiosidades que aquele antigo povo contava.

Haviam desenhos sobre plantações ou estações do ano, sobre ouro e pedras preciosas, amigos e inimigos daquele povo, do reino grande e próspero que eram antes de serem repentinamente destruídos... As ruínas se localizavam no Sul do Chile, mas os desenhos mais antigos contavam histórias sobre Wakanda e como ambas as tribos estiveram unidas desde muito antes do vibranium cair por lá, contavam lendas sobre Atlântida e como uma grande desgraça caiu sobre ela quando conquistadores tentaram tomar a mais preciosa joia que guardavam, também contavam sobre o antigo Egito e sobre como as três mais importantes pirâmides foram construídas com a ajuda de tal joia. As paredes diziam que a população de Atlântida preferiu morrer a entregar a pedra preciosa e que felizmente este antigo reino conseguiu recuperar a joia e traze-la para cá sem que os invasores soubessem.

Não era muito difícil imaginar o que aconteceu com essa civilização se o que as imagens contavam era verdade. Jane e a Capitã se perguntavam se a joia de fato foi levada para África quando este reino foi destruído ou se os tais invasores conseguiram rouba-la. Elas também se questionavam sobre como quatro reinos tão distantes conseguiam se comunicar e chegar ao território do outro com tamanha rapidez.

As mulheres já estavam a muitos metros abaixo da superfície. Andando bem devagar por respeito a Jane que levava consigo até mesmo um cilindro de oxigênio pela tamanha dificuldade em respirar que sentia.

Mais à frente as imagens acabavam e um grande, bem esculpido e destruído portal as levava direto para o que parecia ser um grande salão real. A Capitã ergueu a grande pedra que bloqueava parte do caminho, esperando que Jane passasse.

Aquele lugar pouco podia ser visto pela humana, mas para a mais forte dos vingadores era um dos lugares mais bonitos que já pode ver. As plantas estranhamente diferentes ainda cresciam onde pareciam ter sido programadas anteriormente para brotarem, em harmonia com o ambiente e sem tentar tomar conta do espaço, água escorria tranquilamente de uma pequena fonte e pouco se podia ver das pinturas expostas daquele lugar. No centro de tudo havia um trono, talvez a peça mais chamativa do cômodo: imponente e grandioso, era visivelmente feito para que um poderoso comandante se senta-se sobre ele.

- Parece que Asgard sempre tem ligação com as minhas descobertas. – Jane murmurou em tom divertido ao encarar a figura quebrada de Odin em parte da construção que desabou.

- Essas pessoas não parecem gostar muito dos asgardianos. – A Capitã comentou indicando alguns dos poucos desenhos visíveis nas paredes, neles o pai de todos era retratado como um monstro temível e destruidor, alguém cujo o nome era protagonista de suas histórias de terror.

Loki - A Profecia Do InfinitoWhere stories live. Discover now