Medo do mar

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Pessoal, comentem o que estão achando da fanfic, por favorzinho? Eu preciso de feedbacks para saber se ela está legal :B boa leitura

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Namjoon ficou um tempo comigo na cabine dos rum's. O tempo inteiro ficou em silêncio, até ouvir a voz de Taehyung do lado de fora, procurando por mim.

Eu queria pedir para que ele não contasse que eu estava lá, mas limitei-me a ficar em silêncio, com o rosto escondido sobre os joelhos, sem mexer um músculo sequer. Mais cedo ou mais tarde, Taehyung saberia onde eu estava e com certeza viria atrás de mim, então presumi que seria melhor não omitir essa informação agora.

Ouvi seu suspiro e percebi que ele estava se levantando do chão, onde esteve sentado desde o momento em que entramos no lugar.

— Eu vou avisar que você quer um tempo. — Falou baixo, esperando alguma resposta minha, mas como não teve, saiu da cabine e provavelmente deu-se de cara com o Kim.

— Cadê o príncipe? — Taehyung perguntou, com a voz nervosa.

— Calma, dê um tempo para ele.

— Mas-. — Aumentou o tom de voz, mas se calou em seguida, provavelmente por algum sinal que Namjoon havia feito.

— Ele precisa ficar um pouco sozinho — argumentou.

Depois disso, só ouvi passos de pessoas se afastando, e presumi que haviam ido embora.

{...}

Quando acordei, eu estava deitado no chão frio da cabine de rum. Custei um pouco a me situar, porque dormir no chão era algo comum para mim ali dentro daquele navio, mas assim que minha visão conseguiu focar em algo, notei os barris e garrafas, me fazendo lembrar do que havia acontecido anteriormente.

Suspirei. Eu precisava muito sair dali e esticar um pouco as costas, porque eu estava com dores por ter dormido no chão frio. Mas ao mesmo tempo, saber que eu teria que encarar aquele filho da puta do Taehyung, me deixava com muita vontade de não sair dali nunca mais.

Porém, eu saí. Me levantei do chão, ajeitei minhas roupas e saí da cabine, notando tudo muito escuro, o que me deu a entender que já era madrugada. Caminhei bem devagar para não fazer barulho, e por mais que as madeiras do Baem fossem bem barulhentas, elas até me ajudaram naquele momento, e rangeram menos do que costumavam ranger, e isso me deu uma grande vantagem para passar na porta da cabine do capitão e do seu filho, e ir para o convés sem que ninguém me visse.

Por fim eu me sentei na popa do navio, bem perto de onde ficava o timão, e dei graças por eles estarem seguindo um curso reto, deixando a roda do leme presa por uma corda, sem ter um pirata ali o guiando.

Voltei a minha posição costumeira, abraçado aos joelhos e apoiei meu queixo sobre eles, tomando um vento muito forte, que fazia meu cabelo bagunçar completamente. Era um pouco desagradável, porque fazia um frio muito forte, mas qualquer coisa seria melhor do que bater na porta da cabine de Taehyung e pedir para entrar. Eu preferiria passar a noite toda ali, a ter que encará-lo.

Neste momento eu senti meu coração apertar um pouco. Estava com saudades de casa, e imaginei como estariam meus pais, com o meu sumiço, sem ao menos dizer para onde estava indo. Por mais que estivéssemos navegando pela costa da Coréia, eu não fazia ideia de onde exatamente estávamos, e nem para onde estávamos indo, o que me deixou um pouco aflito.

Eu sabia que em cinco dias, iríamos para um festival de cerveja artesanal e provavelmente iríamos para a China ou Japão depois para tentar encontrar os herdeiros, e eu sabia que isso iria demorar demais, o que já me induziu a fazer um pedido mudo para que meus pais tivessem enviado a marinha sul coreana para vir atrás de mim. Eu queria ir embora e era bem provável que eu dissesse isso para o Taehyung, quando ele estivesse mais calmo, com uma possibilidade pequena de me dar um tiro.

Leom (jjk+kth)Onde histórias criam vida. Descubra agora