Marinha coreana

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Eu não consigo parar de pensar em como meu bisavô e esses outros reis eram tão inteligentes. Pelo que os piratas descobriram, aquela gruta que escondia o Leom, nunca foi propriamente dita, uma gruta. O lugar era aberto e eles simplesmente fecharam para esconder o navio.

Ele está numa mini praia, como a que Taehyung me levou, quando passamos por baixo da pedra. A diferença é que aqui não tem aquela cachoeira particular, mas ainda assim é cercada por areia, e foi aí que eles montaram uma parede de pedras, deixando bem alto, para que ninguém encontrasse o navio ao simplesmente navegar em volta da ilha. Eu admito que estou aqui pensando em como que eles fizeram para montar isso tudo, mas minha cabeça parece sair até fumaça, de tanto pensar nas possibilidades, então eu meio que desisto, porque não me importo realmente, e também, não quero me preocupar com isso, visto que tenho um assunto mais importante para tratar: Taehyung.

Não vamos zarpar hoje, porque está tarde. A tripulação só quer tirar a parede de pedras, para deixar o nível da água subir, para que eles consigam passar com o Leom por lá, porque um navio tão grande como esse, nunca passaria pelo baixio, sem ficar com metade do casco para trás. Ouvi um boato também, de que alguns piratas vão buscar o Baem para que eles possam tirar o Leom daqui, mas isso realmente não me importa, e eles que se virem para tirar essa nau desse tamanho daqui.

— Que barra, hein? — Jimin murmura, passando a mão sobre a mesa, onde tinha o papel com o nome do rei Feng.

— Eu nem sei o que pensar. — Abaixo a cabeça e suspiro profundamente.

— Como que ele foi capaz de fazer isso? Digo, o capitão.

— Frieza no sangue. Se você duvidar, a mãe do Tae não fugiu para ficar com ele. Se me contarem que ele a sequestrou e depois deu um jeito de matar a princesa, eu vou acreditar.

— E cadê o Taehyung?

— Ele pediu um tempo sozinho. — Meu coração dói quando me lembro da forma que ele chorou na frente de todos, desmanchando completamente aquela pose de forte e seguro de si. — Eu estou respeitando isso, apesar de estar sendo difícil não ir atrás.

— Eu no seu lugar, iria. Ele precisa de você.

— Mas eu ainda acho que seria melhor dar esse tempo. Foi muita informação, não acha? Ele deve estar querendo pensar um pouco.

— Ele é sozinho, Kook. Deve estar sendo difícil encarar isso, sem ninguém para apoiá-lo. Por que você não tenta, mas se ele pedir para se afastar, você sai?

— Eu tenho um certo receio. — Admito, mesmo sem querer fazer isso. — Eu já presenciei Taehyung num momento de raiva quando o assunto era a mãe dele, e confesso que não quero presenciar de novo.

— Bem, eu acho que ele não faria nada contra você, mas se prefere esperar, espere, então. Deixa ele chorar tudo o que tem vontade e quando ele liberar um pouco esse peso do peito, aí vocês conversam. — Ele me dá um sorriso fofo, e mais uma vez eu sinto vontade de levar ele junto, para bem longe desse navio, quando eu voltar para a Coréia. — E também, Namjoon me disse que ia atrás dele. Realmente pode ser que seja bem melhor para que eles dois conversem sobre isso, afinal, quem teve a vida inteira enfiado em mentiras, foram os dois.

— Namjoon também deve estar sofrendo muito. Os pais dele deviam ser uma parte importante na história, mas agora eu nem sei se a versão que eu conheço, é a verdadeira. — Estalo a língua no céu da boca e vejo Jimin assentir. Namjoon já deve ter contato a história para ele também. — Bem, mas... e sobre esse tesouro, o que achou dele?

— Estou deslumbrado. Acho que realizei um sonho, ao ter participado disso. Sinto que posso até me aposentar.

— E por que você não faz isso? — Pergunto baixinho. — Eu gosto de você, gosto do Tae e do Namjoon. Gosto até do coitado do John que me carregou tanto nesta ilha. — Rio nasalado e ele concorda, rindo também. — Eu queria que você, o Nam e o Tae fossem embora desse navio comigo.

Leom (jjk+kth)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant