Aqui não é mais seguro...

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A luz entrava fracamente pelas janelas daquele quarto, a luz solar tinha um belo contraste com aquelas estampas do lençol, ou com o papel de parede preto e amarelo, até lembrava o salão comunal da Lufa-Lufa.

Thais lentamente despertou de seu profundo sono, e com muita dificuldades abriu os olhos. Ela estava muito confusa, seu corpo doía, sua cabeça também, e sua barriga roncava de fome. Ela pensou em chamar Snape mas mudou de ideia ao olhar para o lado e perceber que o homem já se encontrava ali. Snape estava adormecido em uma poltrona ao lado da cama da garota, ele estava dormindo em uma posição nada confortável, suas olheiras estavam mais fundas que o normal o que preocupou a garota.

Ela tentou pegar seu celular para ver a hora mas seu corpo doeu quando ela tentou se sentar, e acabou não segurando um pequeno gemido de dor, o que foi suficiente para acordar Snape. Ele parecia assustado quando acordou, olhou para Thais e se tranquilizou.

-Bom dia, Thais -resmungou Snape.

-Bom dia, o que aconteceu comigo? -ela perguntou confusa olhando para sua mão esquerda que estava enfaixada.

-Você não se lembra de nada? -ele perguntou observando-a. Thais se forçou a lembrar, e depois de muita luta ela finalmente se lembrou.

-Três comensais invadiram sua casa, tentei fugir mas me pegaram, e me bateram. E depois... Eu... O que aconteceu depois? -ela parecia mais confusa ainda.

-Você não se lembra? -ele perguntou incrédulo.

-Não, o que aconteceu durante esse tempo todo? -Snape pareceu pensar no que falar para ela.

-Bem, você perdeu o controle e... Revidou tudo. Mas eu cheguei e vi que você estava prestes a matar ele então... -ele ficou um tempo pensando antes de terminar- ...então eu tive que lançar um feitiço em você para conseguir te parar.

-Um feitiço? -Snape assentiu calmamente- e o que aconteceu com os outros dois comensais? -Snape ficou novamente um tempo analisado o que responder.

-Eu matei eles -respondeu- os dois, O John eu matei... De maneira trouxa, e o Brian eu usei Sectumsempra e fiquei observando ele morrer lentamente.

-Que horror Sev -ela disse divertida- mas, você esta bem?

-Sim estou. -ele ficou em silêncio observando a garota- você ficou desacordada por dois dias.

-O que?! Dois dias? -Ela ficou assustada- Nossa, por quê?

-Sua magia ficou fora do controle, tive que chamar a madame Pomfrey para ajudar a te curar. E sua mão, tivemos que curar de maneira trouxa, Pomfrey disse que você perdeu muita magia quando ficou descontrolada e sua regeneração seria mais lenta, então optamos por deixar você se curar sozinha pois acelerar esse processo poderia ser perigoso para sua saúde e sua magia. A sua misteriosa magia.

-Nem magia eu devia ter... Pensei que em todo esse tempo eu era trouxa, mas agora... O que diabos eu sou?

-Talvez seja uma nascida trouxa que despertou sua magia mais tarde.

-Talvez... E Sev, por que eu não lembro do momento em que eu perdi controle?

-Eu também me pergunto isso, você ficou muito... "Estranha" por falta de palavra melhor. Mas eu te explico isso depois...

-Me desculpe Sev -Snape a olhou confuso- A culpa foi toda minha, eles disseram que me viram com você na travessa do tranco. Se eu não tivesse insistido em ir com você, talvez eles nem teriam desconfiado de nada.

-Não se preocupe, a culpa não foi sua. Aqueles desgraçados estavam me seguindo a muito mais tempo que você pensa.

-E por que eles te seguiam? -ela perguntou preocupada.

Hogwarts: Uma nova históriaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora