Victim of Love [ 2jae ] [REESCREVENDO]

O Término

Eram quase 00:00 quando estacionou com o carro a frente da casa de Youngjae. Pegou o presente que comprara para ele e seu brinco-alfinete e segue para a porta de entrada, dando duas batidinhas. Ele atende, com o segurança atrás como se fosse uma sombra.

— Desculpa a demora, fiquei preso nos números da empresa até agora. — Sorri, sem graça. — Estende um pacote de presente vermelho para Youngjae e junto estava seu brinco. — É só uma lembrancinha, já que eu não sabia do que você realmente gostava. — Coça a cabeça, sem graça.

Youngjae ficou na dúvida se deveria ou não mandar uma mensagem para Jonghyun. Decidiu por não, pois não queria atrapalhar em seus assuntos urgentes. Porém depois que Mark saiu se pôs a chorar até seus olhos incharem e se tornarem vermelhos. Odiava brigar com seus amigos, principalmente o seu mais antigo. Ficou soluçando pelo resto da noite enquanto se servia de salgadinhos super calóricos.

Quando bateram à porta foi como o sino dos anjos. Correu para atendê-la e lá estava Jonghyun com toda a sua glória e um lindo presente. Ele amava A Viagem de Chihiro e estava apaixonado pelo moletom, conseguiu dar um sorriso fraco em meio aos seus olhos marejados e abraçou os seus ombros largos, sentindo-se confortável com o seu perfume.

— Que bom que você chegou.

Ele o apanhou pela mão, o trazendo até o sofá, onde mostrou embalado numa caixinha de veludo o par de brincos que comprara para ele. Um era uma argola de prata grossa com uma jóia solitária brilhando enquanto a outra pendia uma espada comprida. Era de uma joalheria famosa entre idols masculinos, as peças não eram muito baratas mas Youngjae não podia não deixar de se lembrar dele quando o viu.

— Gostou? Posso pôr em você?

Com a afirmativa, ele se sentou em seu colo para encaixar o brinco em suas orelhas, terminando o ato com uma massagem suave e um leve sopro na área sensível.

Jaebeom viera para colocar um ponto final em tudo, já havia devolvido o dinheiro, espalharia o boato de que se aposentaria da sua vida de assassino e terminaria o lance que tinha com Youngjae. Estava tudo decidido. Se mudaria para outro país, para fugir de toda a confusão na qual se meteu durante todos esses anos e talvez com sorte um dia encontrasse seus irmãos.

Mas quando Youngjae abriu a porta, Jaebeom notou que havia algo errado e a força de vontade para terminar com ele foi pelo ralo. Antes que pudesse perguntar qualquer coisa, ele já sentia os braços do menor em volta de seus ombros e seu peso logo depois. Tudo o que pôde fazer foi abraçá-lo de volta.

Que bom que você chegou.

Há anos Jaebeom não ouvia isso. E de alguma forma, isso o emocionou. Não a ponto de chorar, mas fez com que ele se sentisse parte de algo, como se enfim pertencesse a algum lugar. Tratou de espantar esses pensamentos e beija o topo da cabeça de Youngjae.

Você não pertence a lugar nenhum, Jaebeom. O que você tem com ele é passageiro., diz para si mesmo enquanto o menor o puxava pela mão e ele fechava a porta atrás de si. Você precisa terminar com ele., repete para si algumas vezes.

Deixa seu casaco pendurado. Dessa vez saíra de casa armado e deixou sua pistola semiautomática no bolso interno e no outro um canivete que sempre carregava consigo e um cartucho para recarregar a arma. Se sentia melhor quando estava armado, principalmente depois da experiência com a sombra e depois encontrar sua casa toda de cabeça pra baixo. Ele havia se tornado um alvo e não fazia a mínima ideia do porquê. Ou talvez o motivo estivesse sentado em seu colo neste exato momento, lhe dando um brinco de presente de Natal.

Não tinha o costume de usar brincos tão longos (seus dois trabalhos não permitiam isso) então se sentiu incomodado de primeira. Virou a cabeça para ambos os lados, para que Youngjae visse como ficou a jóia em sua orelha.