Victim of Love [ 2jae ] [REESCREVENDO]

O Acordo

N/a: GATILHO: Suicídio

é somente menção, o cap é angst

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Quando o avião começa a aterrissar, Jaebeom finalmente acorda. Passara uma parte da viagem chorando e quando se acalmou o suficiente, leu um dos livros que trouxera na bolsa. O rapaz dá uma leve sacudida em sua cabeça para despertar e olha ao redor. Ao longe podia ver neve espalhada pelo local e se animou um pouco pela paisagem ser bem distinta da paisagem da Coréia. Passou algum tempo observando as árvores, as praças, as pessoas na rua tão diferentes de si... Precisaria se acostumar com o local, sua nova vida seria ali de agora em diante.

Após um breve passeio de táxi pela cidade segue até o hotel que reservara e apenas manda uma mensagem para Yugyeom avisando que chegara bem. O desespero para sair do país foi tão grande que não deu tempo de se preparar para alugar uma casa. Resolveria isso o quanto antes. Assim que fez check-in tomou um banho e se deitou na cama, pegando o celular e pesquisando algumas casas para fazer aplicação enquanto relaxava no colchão macio. Conseguiu o visto da forma mais rápida o possível, tão rápido que nem ele próprio acreditou. Os planos para visitar o país estavam vivíssimos, mas ele pretendia visitá-lo com outra pessoa (que neste momento só Deus sabe o que ela estaria fazendo na Coréia). Sacode a cabeça, na tentativa de esquecer sua imagem mais uma vez. Seus pensamentos estavam o traindo novamente e ele não podia se deixar levar por eles, já que o intuito principal era justamente esquecer essa pessoa.Sempre quis conhecer o Canadá e essa viagem estava sendo a oportunidade perfeita para isso, apesar de a viagem não ser como ele queria e... Se dá um tapa, que de nada adiantou. Agora estava com a testa levemente avermelhada e pensando na pessoa que queria esquecer.

No dia seguinte, começa a maratona por achar casas boas para que um homem solteiro pudesse morar. Visitou diversos bairros, olhou diversas estruturas, quanto tempo as casas ficavam longe do centro da cidade... Felizmente seu inglês não estava enferrujado, então as visitas foram bem tranquilas. Por fim achou uma casa um pouco afastada do centro de Vancouver, que era do tamanho perfeito para ele. Não era muito grande, mas também não era muito pequena, ficava bem perto da floresta, mas tinha ônibus para o centro a cada 20 minutos, o que era bom considerando a distância. Fez a aplicação e esperou que fosse chamado. Nos dias seguintes enquanto esperava, resolve visitar os pontos turísticos. Fez caminhadas em reservas naturais, esquiou, visitou a marinha e conheceu o interior de um submarino de guerra. No final da semana seguinte Jaebeom recebeu a notícia que o seu pedido para a casa fora aprovado. Vibrou de alegria e se preparou para sair do hotel. O aluguel da nova casa não era tão caro, justamente por ser longe do centro da cidade. Precisava economizar, não tinha tanto dinheiro assim disponível. (Na verdade tinha, mas não queria gastar a toa.)

No início, se sentia como um pássaro livre. Curtiu todos os pontos turísticos possíveis, conheceu pessoas novas, lugares novos, ia ao cinema sozinho com frequência, visitava barzinhos, era só sorrisos. Mas com o tempo, Jaebeom percebeu que não conseguiria se livrar de sentir o que sentia. Seu amor por Youngjae não diminuíra, nem um pouco. Um mês e meio depois, o sentimento continuava intacto. E também as palavras que foram ditas naquele quarto de hospital. Foram palavras dolorosas, mas necessárias para que Jaebeom acordasse do conto de fadas que achava que estava vivendo. Aquela pessoa jamais poderia ser sua, em nenhuma hipótese.

Nenhuma ligação de Yugyeom para avisar qualquer coisa de Youngjae. Parece que o menino levou a sério mesmo o fato de seguir a vida e ser feliz. Jaebeom, então, deveria fazer o mesmo. E com esse pensamento em mente que passou a frequentar algumas baladas, transou com algumas pessoas, mas sempre se sentia vazio depois. Se levantava, pagava a conta e saía, sem nem antes se despedir de qualquer um de seus parceiros de cama. Não tinha nenhum interesse a mais neles.