A Crise

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N/a: perdão pela demora!


Seis meses haviam se passado desde a última vez que ouvira falar sobre Tiger, porém ao contrário do que pensou, que o afastamento do assassino fosse fazer melhor à Youngjae, ele agora assistia ao garoto que antes tinha sorrisos amplos definhar, e até mesmo o seu corpo e rosto que costumava a ser rechonchudo estava magro e sem vida. Partia o seu coração, mas pelo menos Youngjae não tivera mais nenhuma outra crise como presenciara daquela vez em seu apartamento. Ele estava sendo medicado devidamente, o que o deixava calmo, porém apático; Mark ainda estava no caminho de convencê-lo a comparecer à terapia para tratar de uma possível depressão.

Ele se preocupava com o seu amigo. De verdade. Youngjae era como o seu irmãozinho menor, e ele perderia a cabeça caso qualquer coisa acontecesse com ele. Sabia muito bem o quanto os seus pais não estavam nem aí para o psicológico do garoto sempre exigindo resultados e as melhores colocações e créditos na universidade, mesmo depois do que ele passara, e se perguntava se havia alguma humanidade neles. Por isso ele tomou para si a responsabilidade de zelar por ele como um irmão mais velho que ele perdera, pois quando chegou dos Estados Unidos na Coreia, Youngjae cuidou de si também com os braços abertos e toda a sua personalidade adorável, mesmo Mark tendo um péssimo gênio na época, mal sabendo o idioma e querendo mais do que tudo voltar para casa. Youngjae foi a sua casa. Agora ele retribuía.

Mas estava sendo difícil a tarefa de mantê-lo são das crises quando precisava redobrar a sua segurança. Youngjae não sabia, mas houve mais atentados contra ele nos últimos meses que felizmente a segurança redobrada havia conseguido conter. O que estava lhe deixando mais injuriado é que o seu serviço de inteligência, assim como os seus informantes não conseguiam nenhuma informação sobre o tal assassino que estava na cola de Youngjae, e os Choi se recusavam a entrar em um acordo com os Kim para resolver essa situação. Era tão frustrante.

Sentiu beijinhos suaves em sua nuca, seguido de um aperto e um perfume de sabonete de lima, roupas limpas e talco de bebê típico quando o abraço forte o embalou por trás. Ele respirou fundo, agraciando a sensação e se deixando relaxar um pouco, embora o outro tenha notado as suas costas tensas enquanto depositava os seus beijos ao longo do pescoço.

— Pensando em Youngjae? - Jinyoung perguntou, e Mark só pôde suspirar. Não queria trazer essa questão em seu momento sozinho com ele, mas também não conseguia esconder nada do mais novo.

— Preocupado, como sempre.

— Também estou. - Jinyoung circundou o sofá e decidiu se aproximar, sentando-se ao seu lado, apoiando a cabeça em seu ombro. - Ele está muito tristinho. Não superou ainda aquele rapaz.

— Isso também. Mas estou mais preocupado com a sua segurança. - revirou os olhos só de lembrar de Kim Jonghyun, ou de Im Jaebeom, se sua investigação estiver correta. - Ele tem que esquecê-lo, Jinyoungie. Aquele cara não fez bem pra ele.

— Você sabe que não é assim que funciona... - Jinyoung a acariciou os dedos de suas mãos - Um grande amor não se esquece assim. Principalmente porque ele anda tão sozinho. Você precisa parar de isolá-lo, sabe?

— Mas ele precisa ficar seguro, Nyoungie! Semana passada um dos nossos seguranças tomou uma facada. Ele está ficando mais agressivo. Eu tenho medo do que possa acontecer com o Youngjae... - suspirou, cansado.

— Mark, eu sei que é seu trabalho deixá-lo seguro, mas você não pode impedi-lo de viver. E como amigo você deveria dar uns empurrõezinhos também. - ele revirou os olhos, antes de surgir com um sorriso malicioso nos lábios carnudos - Sem alguns "empurrõezinhos" de Youngjae eu duvido que você estaria aqui. - disse, se arrastando para subir no colo de Mark, onde posicionou os joelhos um de cada lado da coxas do mais velho - De baixo das minhas pernas.

Victim of Love [ 2jae ] [REESCREVENDO]Where stories live. Discover now