Victim of Love [ 2jae ] [REESCREVENDO]

O Almoço

Youngjae mal teve tempo de chegar em casa, tirar seu casaco, usar o banheiro e beber uma água, pois logo Mark e Jinyoung irrompiam em sua porta, apressados, e Youngjae suspirou, se jogando no sofá e esperando o drama começar. Mas pelo menos dessa vez Mark não parecia irritado como sempre, Jinyoung segurava em sua mão e ele soava paciente, respirando fundo pelo nariz, até fazendo Youngjae franzir o cenho em estranheza.

— Hum... podem começar me dizendo como sabiam que eu não estava em casa? - começou perguntando, antes de se lembrar do detalhe - Ah, sim. O GPS.

— Você tem um GPS no celular, Jae-ah, não sei porque está surpreso. - Jinyoung suspirou também, dando de ombros e tirando os sapatos para se juntar a si no sofá - Na verdade, nós estávamos te seguindo durante o seu encontro no café e no parque de diversões...

— Hyung! - Youngjae abriu a boca indignado, sentindo a sua privacidade invadida. Até conseguia aceitar estar sendo rastreado, mas ser perseguido pelos seus dois melhores amigos era demais!

— Ah, Youngjae, entenda que era para a sua segurança. Você não pode andar por aí sozinho, só estávamos preocupados... - Jinyoung lhe disse acariciando os seus cabelos castanhos.

— Mas eu não estava sozinho... - ele cruzou os braços, fazendo biquinho.

— Mas o seu namorado não é o seu segurança, Jae-ah... Por mais que você se sinta seguro perto dele... - Jinyoung lhe deu um sorriso confortante.

— Ele... hum... não é exatamente meu namorado... - respondeu com o rosto vermelho, pois não podia afirmar com todas as letras que era isso que Jonghyun era de si, já que eles nunca haviam confirmado nada, por mais que quisessem e por mais que agissem como tal.

A menção da palavra fez com que Mark, que antes observava ambos conversando prostrado de pé e braços cruzados, com uma carranca no rosto, finalmente se pronunciasse por fim:

— Então ele não é seu namorado?

Youngjae prendeu os lábios entre os dentes, pois o assunto o deixava extremamente inseguro. Jinyoung lhe lançou uma cara feia, pois já havia conversado sobre isso com o mais velho, que pareceu se lembrar de ser delicado sobre o assunto e levantou as mãos diante do peito, como se pedisse desculpas pelo seu tom, retomando a fala para que Youngjae não ficasse mais constrangido.

— Ok, desculpe, Youngjae-ah. Não vou mais me meter no seu relacionamento. - finalmente disse, aproximando-se dos dois no sofá, ajoelhando para ficar de frente para ele - Eu só estou preocupado com a sua segurança, entende? Não gostei muito do que descobri na minha investigação sobre ele, ainda tenho as minhas ressalvas, mas também não tenho direito de escolher quem você deve namorar ou não, só queria que você tivesse cuidado, sabe... - estendeu a mão para acariciar o seu rosto e tirar uma mecha de cabelo de seu rosto, como um irmão mais velho que ele de fato era - Sei que você já está crescido e sabe fazer as suas escolhas, e que também não é bobo e nem nada, mas toda segurança é pouco, principalmente agora que a gente sabe que tem alguém atrás de você. Me prometa que se qualquer coisa acontecer, você vai contar comigo e Jinyoung, vai correr para nos contar, que nós vamos te proteger. Prometa, Jae-ah.

Os olhinhos de Youngjae encheram-se de lágrimas. Nunca se sentiu tão amado em seu seio familiar quanto se sentiu por seus amigos, e conhecia Jinyoung a poucos anos, quanto a Mark era seu melhor amigo desde a adolescência. A família dele era uma que servia à sua pois devia diversos favores de gerações passadas, eram famílias muito ligadas, e quando Mark chegou dos EUA para tomar os seus serviços dentro da família na Coreia, ele nem pestanejou em tomar o posto de guarda-costas de Youngjae após conhecer o garoto. O menino chegou a implorar para o seu pai para dispensar Mark dessa obrigação, pois o rapaz tinha um serviço brilhante pela frente na carreira de modelo, mas nada feito, e Mark não pareceu achar ruim. Muitas vezes Youngjae se sentia culpado por ter o seu amigo abandonando tantas coisas boas para si para dedicar a sua própria segurança à ele, por isso começou a chorar e o abraçou.