A Verdade

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Acorda ofegante por conta do pesadelo que tivera, sua vista doendo em um primeiro momento. Estava confuso, a última lembrança que tivera foi sentir os braços de Youngjae o envolvendo. Pisca algumas vezes para se acostumar a claridade e percebe um som contínuo tocando em algum lugar. Após sua visão melhorar, dá uma rápida olhada no cômodo, percebendo que se tratava de um quarto de hospital. Olhou para seu próprio corpo, com diversos fios conectados a um aparelho ao lado da cama, de onde vinha o som contínuo que identificou antes.

Tenta se levantar, mas seu corpo estava pesado demais e a familiar dor no ombro o atinge. Começa a se lembrar de tudo o que aconteceu, detalhe por detalhe. Respira fundo e se permite chorar, aproveitando o momento sozinho. Precisava pôr para fora o que lhe afligia, de uma forma que não estava acostumado a fazer, já que não podia bater em um saco de areia.

Após alguns minutos, uma enfermeira entra e o deixa a par de tudo o que lhe aconteceu. Chegou em estado grave ao hospital e havia perdido muito sangue, precisando de uma transfusão. Teve uma parada cardíaca durante a cirurgia, mas os médicos conseguiram reverter o quadro. Felizmente, a condição física de Jaebeom o ajudou a sobreviver, segundo a própria enfermeira. Ela começa a divagar sobre jovens em sua idade raramente sobreviverem a paradas cardíacas por conta do sedentarismo enquanto aplicava os remédios, que Jaebeom relutara um pouco para tomá-los e em poucos minutos adormece, felizmente sem sonhos.

[🌹]

Acordou com a luz forte que sabia muito bem não ser do seu quarto, embora estivesse desorientado. O primeiro rosto que viu felizmente fora de Mark Tuan, o que lhe trouxe um certo alívio de ver alguém conhecido. Estava deitado em uma cama estreita, que não era lá muito confortável porém era quente. Piscou os olhinhos, se pondo sentado e sonolento, tentando se lembrar como viera parar ali.

— Mark hyung...?

— Você teve um ataque de pânico, então lhe demos alguns remédios para dormir. - o outro prontamente respondeu, já entendendo que ele teria alguns questionamentos ao acordar. - Já tratamos os seus ferimentos também, não se preocupe.

Youngjae assentiu, se lembrando um pouco do que acontecera antes de apagar. Os seus ataques estavam ficando comuns e isso definitivamente era um problema. Odiava dar trabalho para o seu hyung.

— E Jonghyun? - perguntou, não conseguindo ignorar a preocupação em seu âmago.

Mark bufou, sem disfarçar o desprezo.

— Ele foi operado e já está no quarto, bem. Deve estar acordando, já que você dormiu por horas, Youngjae.

O garoto se assustou com a informação, mesmo que aliviado por saber que o seu hyung estava bem, já se preparando para sair da cama. Não queria ter dormido por tanto tempo, tinha muitas perguntas para fazer e além disso, queria estar ao lado dele, pois estava morto de preocupação.

— Ei, espera, Jae. Eu queria saber algumas coisas antes. - Mark se apressou em segurá-lo pelos ombros para ajudá-lo a não se desequilibrar, visto que ainda estava tonto da medicação. - Não tivemos tempo de conversar ainda.

— Tudo bem... - Youngjae suspirou, embora ainda estivesse ansioso para vê-lo.

— O que foi que aconteceu?

Então Youngjae explicou, que ao acordar o assassino já estava lá, que ele correu para o primeiro andar e quando viu Jonghyun já havia surgido com uma arma tentando protegê-lo e que ele lutou contra o homem, e que em momento nenhum Jonghyun tentou fazer nenhum mal para ele.

— Entendo... - Mark suspirou, apertando os olhos - Mas ainda é estranho. Não houve mais nada de anormal? Algo na conversa entre eles...?

Youngjae mordeu o lábio inferior, lembrando-se de um detalhe:

Victim of Love [ 2jae ] [REESCREVENDO]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora