·Capítulo 5·

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Oiê
Tô passando aqui pra avisar que eu deixei a música que toca no capítulo aqui em cima pra quem quiser ouvir s2



Pov Corinna

...Dois dias após o passeio de Charger


Depois de dois dias presa em casa, finalmente minha torção no pé melhorou e vou poder voltar a correr. Esperei por uma mensagem do rabugento durante esse tempo, mas apesar do inverno ter acabado e eu já estar preparando a horta, ele ainda não me chamou.

  O dia hoje estava como um dia pós inverno qualquer. Acordar cedo, alimentar a Lilith, preparar a horta, me arrumar, começar a correr, matar os mortos que aparecem no caminho e voltar para casa. Quer dizer, seria um dia pós inverno qualquer se no fim do caminho, na encruzilhada, não tivesse um Charger preto estacionado.

  Continuo correndo até chegar próximo do carro que tinha o mesmo homem de jaqueta de couro que eu vi há alguns dias sentado em seu capô. Ele estava com o taco apoiado em seu ombro direito, vestia a mesma roupa da primeira vez que o vi, mas dessa vez, o lenço vermelho não estava em seu pescoço e a jaqueta estava aberta, mostrando uma blusa branca por baixo.

—Finalmente, boneca– ele diz aumentando o seu sorriso– achei que tinha desistido da idéia de correr no apocalipse ou trocado de rota.

—O que está fazendo aqui?– pergunto sem entender.

—Fiquei com saudades– ele diz descendo do capô e se aproximando– então torci para que você corresse sempre pelo mesmo caminho, mas ontem você não passou aqui– conseguia sentir seu perfume masculino de tão próximo que estava– já estava achando que não passaria hoje também.

—O que você quer comigo?– apesar do meu corpo não demonstrar medo, meus alarmes de perigo soam disparados.

—Relaxa, boneca– ele diz erguendo a mão que não segurava o taco em rendição– o que eu disse é verdade, eu só quis te ver de novo– ele começa a mexer no bolso interno da jaqueta e eu fico pronta para uma luta– da vez que nos vimos, você estava com vontade de comer isso, não era?– o que ele tira do bolso não é nenhuma arma, é uma barra de chocolate, o meu preferido– pedi para os meus homens procurarem e eles acharam esse, você gosta?

—É o meu preferido– o sorriso dele aumenta– mas por quê fez isso?– pego a barra de chocolate enquanto tento descobrir seu interesse por trás do gesto.

—Eu gostei de você– a diferença de altura faz com que ele me olhe de cima enquanto lambe os lábios– aquele dia você foi um raio de sol em meio ao monte de merda que estou passando agora. Então, eu quis sentir um pouco mais disso, boneca.

—Se eu soubesse que você me daria o que eu pedisse, teria pedido algo maior– penso um pouco e continuo– uma pizza, talvez.

—Eu posso conseguir uma se você quiser– ele abre os braços e curva um pouco o corpo.

—Mas o que você quer? Você não fez todo esse esforço só porquê gostou da minha presença, não é?

—Na verdade, não é só por isso– ele olha para o chocolate em minhas mãos– quero que você volte comigo para a minha comunidade.

—Não posso– digo com um tom de decepção e estendo o chocolate para que ele pegue de volta.

—É seu– ele diz empurrando o chocolate de volta para mim e um sorriso de felicidade escapa dos meus lábios.

—Obrigada– digo olhando para o doce em minhas mãos.

—Que isso, boneca– ele diz e eu levo meus olhos em sua direção– se eu soubesse que você iria sorrir assim para mim por causa de um chocolate, eu teria trazido mais– seu olhar se mantém firme no meu– se você voltar para casa comigo, terá todos os chocolates e pizzas que quiser. Será tratada como uma rainha lá– ele insiste mais uma vez.

A Garota na Floresta | The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora