·Capítulo 15·

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Pov Corinna


...Manhã seguinte após o beijo na garagem


  Acordo de bom humor e me arrumo rapidamente para ir correr. Saio da casa, viro algumas ruas correndo e paro, dessa vez pareceu algo muito mais natural ir falar com ele, eu não estava apreensiva ou coisa do tipo. Avisto ele na pequena janela de vidro e dou um sorriso ao ver que um sorriso fino brotava em seus lábios.

—Oi– apesar de tudo, ainda era estranho começar uma conversa com ele nessa situação.

—Oi– sua voz sai arrastada e grossa, ele mantém um sorriso de canto– você está bem? Não vi você correr ontem, achei que tinha parado de correr ou sei lá..– ele demora um pouco para dizer a próxima parte– ou só parado de passar por aqui mesmo.

—Eu tinha uma busca para fazer com o Daryl anteontem, esqueceu?– pergunto com um sorriso no rosto para descontrair.

—Você está bem?– ele começa a tentar vasculhar meu corpo com o olhar– se machucou?

—Calma, estou bem– digo erguendo as mãos para acalmá-lo– nós só pegamos uma tempestade e tivemos que passar uma noite em uma casa qualquer.

—Você parece bem feliz, aconteceu algo?– ele pergunta em um tom desconfiado.

—Eu e o Daryl fizemos as pazes– resolvo contar uma meia verdade.

—Que bom que está feliz– ele se afasta um pouco– o caipira é gente boa, ele vai cuidar bem de você.

—Que?– pergunto unindo as sobrancelhas– primeiro que não é como se eu e ele estivéssemos tendo algo– droga, Corinna, pare de dar esperanças para ele– e segundo que eu não preciso de ninguém para cuidar de mim, eu sei me virar.

—Eu sei que sabe– ele parece relaxar e abre um meio sorriso.

—Então você sentiu saudades de mim?– pergunto divertida. Sinto uma imensa vontade de tocá-lo, mas a merda de vidro nos separa.

—Você não imagina o quanto, boneca– ele diz com aquele jeitinho sacana dele.

—Você ainda me deve um banho de piscina, lembra?– pergunto me lembrando do nosso último encontro.

—Nunca me esqueci– ele lambe os lábios e eu acompanho seu movimento com os olhos. Ele é um homem extremamente atraente.

—Você está bem?– pergunto voltando para a realidade.

—Não tenho do que reclamar– sua voz sai baixa e grossa. Ficamos nos olhando em silêncio por um tempo, ele analisa com cuidado cada parte minha.

—Tenho que ir– digo interrompendo o silêncio e fazendo ele olhar em meus olhos.

—Você vai voltar?– ele pergunta inseguro, esse lado dele ainda era estranho para mim.

—Depois de amanhã– um dia sim e um dia não, era como nos encontrávamos na estrada– eu prometo.

  Ele acena com a cabeça e eu dou as costas para sair de lá. Corro até chegar na casa, Daryl não estava na varanda, estava na cozinha preparando o café. Vai chover. Ele me olha desconfiado, mas não tão rude como na última vez. O observo enquanto ele nos serve o café preto. Qual seria a reação dele se ele descobrisse que ando falando com Negan?

  Olho em volta procurando por algo além do café, mas não tem nada. Nem para ele fazer umas panquecas ou um omelete. Vai chover, mas nem tanto assim. Bebo um gole do café e sinto minha barriga roncar de fome. Me levando da mesa para preparar alguns omeletes e sinto ele me acompanhar com o olhar.

A Garota na Floresta | The Walking DeadWhere stories live. Discover now