·Capítulo 32·

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Pov Corinna


...Um ano e dois meses após a saída da América


Hoje é o meu último dia aqui na Europa. Semana passada completamos mil e trinta e três pessoas na comunidade. O jeito que esse lugar cresceu é inacreditável, eu aprendi muita coisa com as pessoas daqui. Estou eufórica, faz tanto tempo que não sinto algo parecido que parece que vou desmaiar a qualquer momento.

Desde o acidente na missão de busca eu tenho me afastado das pessoas, menos de Sebastian, era impossível conseguir se afastar dele. Ele não tem noção nenhuma do que é espaço pessoal. Mas isso não é de tudo ruim, ele é um cara bom, ele me ajudou a manter os pés no chão aqui e não perder a cabeça.

Barnes também tentou me impedir de ir em mais missões, mas o que ele tem de palhaço, eu tenho de teimosa. Eu não iria deixar de ajudar na missão por causa de babacas malucos que existem pelo mundo. Ainda falando no diabo, Sebastian vai levar a Maria, a mulher que encontramos naquela missão, junto com a gente para a América. Eles dois começaram a namorar algumas semanas depois daquilo, eles formam um casal perfeito.

Estamos todos prontos dentro da caminhonete quando chega no horário combinado para irmos. Voltamos para aquele mesmo aeroporto que ficamos quando chegamos aqui. Pegamos um dos aviões em que viemos e partimos. Não estou passando mal como estava no dia em que eu vim para cá. Provavelmente é porquê eu não tenho medo de aviões ou de voar, eu só tinha medo de me afastar de quem eu amo.

Quando todos no avião dormem eu vou até Sebastian e cutuco ele. Ele acorda assustado e eu dou uma risada baixa, ele me responde com o dedo do meio. Dou mais uma risada e chamo ele até umas poltronas mais afastadas. Ele me segue tentando sair sem acordar a Maria.

-Parece que perdeu seu medo de avião- ele diz se sentando ao meu lado no fundo do avião.

-É parece que sim- não consigo esconder a insegurança que estou sentindo por não saber se ele vai me ajudar.

-Mas por quê me acordou?

-Eu preciso da sua ajuda quando chegarmos na América- alterno o olhar entre ele e minhas mãos inquietas- preciso daquele favor- digo me referindo ao dia em que salvei a vida dele.

-O que quer que eu faça?- ele pergunta comprimindo os lábios.

-Preciso fugir do CRM, eu e uma outra pessoa- ele encosta a cabeça no banco e suspira fundo- e preciso de um dos mapas dos carros que vocês tem nos Estados Unidos- ele fica em silêncio, são só alguns segundos, mas parecem horas, até que eu continuo- deixa, está tudo bem, não precisa me ajudar, só não conte a ninguém sobre essa conversa.

-O que? Não! Eu vou te ajudar- ele leva a sua mão até a minha- qualquer coisa que você pedisse, lembra?- ele esfrega o próprio rosto e continua- eu só estava pensando em como fazer.

-Obrigada- dou um sorriso sincero.

-Nós vamos parar em uma ilha, nós não vamos direto para a comunidade.

-O que? Por que?- eu junto as sobrancelhas sem entender.

-É uma outra missão- ele gesticula com as mãos- essa ilha era de uma comunidade parceira, mas as pessoas não estão mais respondendo o rádio, então temos que passar lá para ver o que aconteceu.

-E isso quer dizer que..?- não entendo o que isso vai atrapalhar ou ajudar nos planos.

-Vamos deixar o avião lá e de lá vamos voltar de barco até chegar em terra firme para podermos pegar um carro- suspiro e mexo as mãos para que ele acelere a história- isso quer dizer que se tudo ocorrer bem nós vamos chegar lá na comunidade de madrugada e aí vai ser muito mais fácil para você escapar, mas se alguma coisa acontecer e nos atrasar, vai ser complicado para você fugir durante o dia- ele explica sem desviar os olhos dos meus- e se você for esperar até a noite, também vai ser difícil porquê eles já vão ter pegado o seu uniforme e você não vai mais ter como se misturar caso algo dê errado.

A Garota na Floresta | The Walking DeadWhere stories live. Discover now