·Capítulo 6·

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Pov Corinna

...Quatro dias após o beijo no cara do taco


  Desde que beijei o cara do Charger, eu encontrei com ele mais uma vez. Não nos beijamos de novo, mas não faltou insistência da parte dele. Ele até que é legal e bem bonito, mas não é exatamente com ele que minha mente fica imaginando como seria o nosso beijo. Talvez seja só fogo por ele ser o primeiro homem que vi em muito tempo, mas o rabugento mexeu comigo de um jeito diferente. Principalmente quando a noite chegava, era impossível não pensar nele. Amanhã ele vai me ligar e eu não posso estar mais ansiosa.

  Estou pronta para mais uma corrida. O dia hoje seria agradável. É uma manhã fria e com muita neblina, mas o sol com certeza vai aparecer e aquecer a tarde. Coloco uma blusa de frio por cima da regata e da calça leaggin que eu usava e caminho até a porta. Antes de sair, passo no estábulo para ver como que a Lilith está e para avisar do passeio que iremos fazer hoje.

—E aí, menina?– faço carinho em seu focinho– quer ir passear hoje?– ela relincha para mim– quando eu voltar, a gente sai para fazer umas comprinhas– seus olhos negros me observam com atenção.

  Faço o mesmo trajeto de sempre, sem mortos para me atrapalhar, e no fim do caminho lá estava ele de novo, me fazendo abrir um sorriso. O homem de jaqueta de couro estava me esperando na mesma posição de sempre– sentado em cima do capô do seu Charger. Com aquele taco nos ombros, ele exala uma presença forte, como se fosse capaz de fazer o mundo se curvar a ele.

—Então é isso?– pergunto em um tom de voz mais alto enquanto me aproximo do homem que está com um sorriso largo no rosto– vou ter o ar da sua presença dia sim, dia não?

—Se eu pudesse, estaria aqui todos os dias e passaria o dia inteiro olhando para o seu rostinho lindo– ele lambe os lábios e me olha por inteira antes de continuar– facilitaria tudo se você voltasse comigo para casa, poderíamos nos ver o dia inteiro lá, boneca.

—Você não vai desistir, não é?– pergunto apoiando as mãos na cintura.

—Nunca– ele desce do capô e chega mais perto de mim, quase colando nossos corpos.

  Sua mão livre aperta minha cintura e eu abro um sorriso para o homem, ele me olha de cima e seu sorriso também aumenta. Ele se curva para roubar um beijo meu, mas é interrompido no meio do caminho quando eu coloco minha mão em seu rosto e levo o dedão até seus lábios, impedindo-o de continuar. Ele franze as sobrancelhas enquanto olha o sorriso em meus lábios.

—Você não vai desistir disso também, não é?– digo com humor e retiro minha mão de seu rosto.

—Eu sei que você quer isso, boneca– ele dá um aperto na minha cintura antes de deixar a sua mão cair ao seu lado– você já me mostrou que quer naquele lugar– ele apontou em direção a base onde eu o levei outro dia– e se não fosse pelo seu surto de cinderela aquele dia, você iria ter a melhor transa da sua vida.

—Você é muito babaca– gaguejo e cruzo os braços, meu rosto queimava em vergonha.

—Ou a boneca ainda é virgem?– ele tomba a cabeça me analisando. Isso está tão na cara assim?

Não é da sua conta– digo e desvio o meu olhar.

—É claro que é– ele diz com um sorriso atrevido no rosto– quantos anos você tem, garota?

—Se tiverem se passado mesmo sete anos desde que essa merda começou, eu tenho vinte e um– digo ainda sem olhar para o homem.

—Nossa, garota, isso é tão sexy– ele se abaixa para entrar no meu campo de visão– quando você deixar, eu prometo que farei com carinho.

A Garota na Floresta | The Walking DeadWhere stories live. Discover now