·Capítulo 7·

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Pov Corinna

...Um dia após o encontro com o rabugento

  Eu ainda estou eufórica do meu encontro com o rabugento. Quando eu saí de lá onde eu o encontrei, eu poderia correr até chegar em casa com a minha caminhonete nas costas de tão agitada que eu estava, eu poderia correr esse estado inteiro que eu não cansaria nem um pouco. Hoje o cara da Lucille vai estar me esperando, seria legal se um dia ele e o rabugento se conhecessem. Eu iria adorar ver as duas personalidades opostas interagindo entre si, seria engraçado, o cara da jaqueta de couro com a sua arrogância e o rabugento sendo... rabugento.

  Visto um short, uma regata e vou correr. Como previ, o homem está lá, na mesma postura de sempre– sentado no capô de seu Charger, com Lucille nos ombros e um sorriso atrevido nos lábios. Assim que meus olhos encontram os dele, eu sinto uma vontade imensa de compartilhar com ele a minha felicidade de ter me encontrado com o rabugento. Ele se levanta e quando eu chego perto o suficiente, me jogo em seus braços fazendo ele quase se desequilibrar, mas ele se apoia no carro antes de nós cairmos.

—Caralho, boneca– ele afasta seu rosto para olhar para meu sorriso– o que aconteceu para te deixar tão feliz?

  Óbvio que eu não citaria o rabugento na conversa, mesmo eu tendo certeza que o cara do taco não é do mesmo grupo que prendeu o rabugento, de onde ele tiraria tempo para vir me ver se fosse? E por quê alguém tão mal como o rabugento descreveu, me ajudaria com aquela horda? É óbvio que o cara do Charger não é ruim, ele é só mais um cara quebrado, mas não é mal.

—Vai me dizer que agora não posso mais acordar feliz no meio do fim do mundo também?– pergunto olhando em seus olhos, sem deixar o sorriso diminuir– vai me dizer que também é estranho igual correr pelas manhãs?– tento afastar um pouco os nossos corpos, mas suas mãos grandes me prendem pela cintura– ou seria estranho igual dirigir um Charger no apocalipse?– pergunto levantando uma sobrancelha, seus olhos me analisam enquanto ele mantém o sorriso cafajeste nos lábios.

—Que bom que acordou de bom humor– ele solta a minha cintura e começa a procurar por algo dentro dos bolsos da jaqueta, meus braços continuam ao redor do seu pescoço– eu te trouxe outro chocolate– ele tira o doce de sei bolso– eu tinha deixado lá, para o caso de você voltar comigo algum dia, mas você é osso duro, boneca.

—Que bom que finalmente aceitou que eu não posso voltar com você– tiro meus braços dos seus ombros para poder pegar a embalagem dourada de suas mãos.

—Eu não aceitei, garota– seu tom era calmo, ele coloca sua mão direita na minha cintura e deixa um aperto lá– mas achei que seria uma boa te trazer ele hoje– sua mão solta a minha cintura, seu olhar está diferente hoje e se eu não o conhecesse, diria que está inseguro– quer ir a um lugar comigo? Juro que não vou te sequestrar e te levar para a minha comunidade– ele diz com um riso nos lábios.

—Vamos– dou de ombros, ele estava estranho hoje, mas eu confiava nele.

Flashback on

Pov Negan

...Horas antes de ir esperar a garota na estrada

  Não consegui dormir essa noite. É óbvio que a guerra contra Alexandria me preocupa, mas eu não posso demonstrar isso para ninguém. Dentre todas as possibilidades, a que mais me preocupa é a de morrer sem saber o nome daquela garota na estrada. O que ela tem de tão especial? Eu tenho um quarto cheio de mulheres só para mim, mas minha mente não sai daquela maldita garota. Pego o chocolate com a embalagem dourada no balcão da cozinha e o guardo dentro do bolso interno da minha jaqueta.

A Garota na Floresta | The Walking DeadWhere stories live. Discover now