A Garota na Floresta | The Walking Dead

·Capítulo 16·

Pov Corinna

...Um dia após a última conversa com Negan

  Acordo com a luz do sol, me arrumo e vou correr. Passo por Negan, dou um aceno e continuo a correr. Chego em casa e Daryl está na varanda fumando. Entro, preparo o café e chamo ele para comer. Hoje é um daqueles dias que eu não tenho nada para fazer, coincidentemente Daryl tem folga nos mesmos dias que eu, mas ele sempre some e só volta tarde.

  O dia corre normalmente. Vou até Rick ver se ele não quer que eu cuide de Judith e logo depois vou até a casa do Aaron para saber se ele não quer que eu fique com a Gracie. Ambas as garotinhas já tinham quem cuidasse delas hoje, então faço o meu caminho de volta para casa. Ando normalmente até que ouço o Padre Gabriel me chamar.

—Sim?– me viro para ele.

—Eugene está no rádio e quer falar com você– ele diz com calma.

  Meu coração dá um salto no meu peito e eu começo a tremer. Saio correndo na direção onde o rádio fica sem me importar em responder Gabriel. Será que algo aconteceu com ele? Por que ele me ligaria assim do nada? Chego no rádio e pego o objeto nas minhas mãos, dou um longo suspiro tentando controlar a minha respiração e aperto o botão para falar:

—Eugene?

—Oi, irmãzinha

  Ouço a sua voz chiada.

—Está tudo bem? Você está bem?

  Digo tudo de uma vez.

—Está. Sabe que dia é hoje?

  Ele pergunta e eu faço uma careta sem entender a pergunta.

—É óbvio que eu não sei, Eugene.

—Dado as circunstâncias climáticas e a posição dos astros, ouso dizer que hoje é o seu aniversário.

  Abro um sorriso.

—22 anos?

—23. Feliz aniversário.

—Obrigada.

  Não consigo conter o sorriso.

—Amanhã eu vou até aí te entregar o seu presente.

—Presente? Espero que não seja nada caro demais, não quero que gaste muito dinheiro comigo.

—Muito engraçada.

  Não aguento e dou uma risada da minha própria "piada".

—Até amanhã, irmãzinha.

—Até.

  Saio animada do lugar e quase vou pulando pelas ruas até chegar em casa de tanta ansiedade. Encontro Daryl sentado na entrada da casa, não era uma cena comum, ele nunca ficava aqui depois do café. Ele me olha estranho, provavelmente por eu estar sorrindo de orelha a orelha. Se eu contar para ele que hoje é o meu aniversário o quão idiota ele vai me achar?

—O que acha de irmos caçar?– falo rápido demais– como nos velhos tempos.

—A gente só caçou juntos uma vez, Corinna– ele responde com a voz rouca.