VII.

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𝐩 𝐫 𝐨 𝐜 𝐮 𝐫 𝐚 𝐯 𝐚 𝐦 𝐨 𝐬  𝐧 𝐞 𝐦 𝐨 ,
𝐦 𝐚 𝐬  𝐞 𝐧 𝐜 𝐨 𝐧 𝐭 𝐫 𝐚 𝐦 𝐨 𝐬  𝐝 𝐨 𝐫 𝐲

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As coisas ficaram confusas por aqui, depois que o filho de Poseidon sumiu todos entraram em uma espécie de missão procurando Nemo, missão completamente frustrante visto que não encontramos nenhuma pista. Nada. Nadica de nada.

Isso até hoje, Annabeth contou para todos sobre um sonho com Hera, — a deusa vadia que odiava ela — estranho saber disso já que ela a rainha do Olimpo nunca foi muito com a cara dos semideuses, apenas quando precisa de ajuda para salvar sua bunda divina. Resumindo, ela e um garoto desconhecido por mim partiram em jornada atrás do dito garoto-sem-sapato.

Se nos outros dias o tempo passou voando, nesse tudo estava lento. Fiz as atividades matinais, treinei com Clarisse — tinhamos uma relação incrivelmente boa por sinal —, conversei com Judy e Mike e ainda tive mais aulas suicidas.

Falando em treinamento, nesses três ultimos dias percebi que aprendo essas coisas rápido, não ao ponto de já ser considerada boa em alguma coisa, estou longe disso, mas definitivamente estou avançando melhor que imaginei. La Rue disse ser algo particular dos filhos de Ares, somos naturalmente inclinados a aprender sobre lutas, armas e combates mais facilmente.

Ponto para mim!

Ao menos o maluco das guerras está me ajudando, mesmo que indiretamente. Glória.

— Soube que seus treinos com Clarisse andam bem. — me sobressaltei com a aproximação repentina de Mike, ele apenas riu. Maldito. — Pelo visto você ainda não aprendeu a detectar os perigos, mimadinha.

Ah, os apelidos! Desde meu primeiro dia aqui eles começaram a aparecer, coisas genéricas como patricinha, mimadinha, riquinha, e blah, blah, blah. Eles realmente acham que ofendem? Pobre de mim, vou ter de chorar em posição fetal enquanto seco minhas lágrimas com dinheiro.

— Se minha memória continua boa, a mimadinha aqui acertou uma panela nessa sua cabeça oca, Ladrãozinho de merda — dei tapinhas sobre o cabelo castanho espetado para salientando que tinha dito. — E eu sempre posso fazer isso outra vez…

— Touché. — ele riu, sem ficar ofendido com o apelido recorrente.

Caminhei em silêncio nos arredores da praia como sempre fazíamos, o McMillan podia ser uma ótima companhia nas horas de tédio. Isso, claro, quando ele não tentava roubar alguma coisa minha ou me pregar peças, nos últimos dias perdi a conta de quantas vezes ele apareceu do nada tentando me assustar.

Ele conseguia na grande maioria das vezes, mas isso não vem ao caso.

Sentamos na areia clara e fofinha, ele foi educado o suficiente para esticar o casaco no chão, evitando que nossas calças ficassem sujas. Ao menos o imbecil serve para algo. Observei as colinas longe do acampamento, todas elas estavam compleramente cobertas de neve. O clima aqui dentro sempre será bizarro para mim, é estranho ver gelo lá fora quando estou usando apenas uma fina camiseta e shorts.

— Estão esperando por Annabeth e Butch? — Judith não esperou a resposta para me empurrar levemente e sentar num espaço sobre o tecido. — Ótimo! Vou ficar com vocês dois.

Queria falar sobre o quão folgada a sátiro era, mas resolvi apenas mandar um olhar insatisfeito, nos conheciamos a tempo suficiente para esse simples gesto ser suficiente. Ela respondeu da mesma maneira, desafiando de forma silenciosa a tira-la dali.

𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZOnde as histórias ganham vida. Descobre agora