Capítulo 17

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Uma luz incrivelmente forte bateu no meu rosto pela manhã, eu não me lembro de ter voltado pra casa. E por que tem um homen que eu nunca vi na minha vida me encarando? Naquele momento percebi como minha cabeça doía.

— Quem é você? — eu perguntei me levantando com uma mão na cabeça como se  fosse fazer a dor passar.

O homem vestia um terno e parecia fazer uns 40° graus lá dentro, aparentava ter entre trinta e quarenta anos, era até bem bonito com seus cabelos loiros bem cortados, estava sério de pé ao lado da cama.

— O príncipe me deu ordens para permanecer aqui até a Srta. Acordar para ter certeza de que estaria bem. — ele disse olhando rapidamente para mim.

Naquele momento me lembrei do dia anterior, eu havia ido para a festa de Henry, mas não me lembro muito mais depois disso. Aaron havia me mandado um guarda costas, e eu não me lembrava o porque, aliás eu não queria nada que envolvesse o príncipe perto de mim.

— Ok, já pode ir embora, eu estou ótima — eu disse me levantando e indo rapidamente em direção a porta.

Eu não me lembro de como entrei no pijama, mas naquele instante eu não me importava com que roupa eu estava, eu só queria explicações, mas não queria ter que encarar o Aaron de novo.

Os passos atrás de mim eram tão rápidos quanto os meus, minha cabeça parecia que queria explodir e a raiva que eu sentia naquele momento só aumentava a dor. Quando eu estava a caminho da porta da frente para colocar aquele guarda costas metido a sério pra fora, o telefone fixo toca.

O som alto e agudo era como mil agulhas se espetando na minha cabeça.

— Alô, quem fala? — seja lá quem estivesse do outro lado ia perceber minha irritação.

— Que isso Melina, que desânimo é esse? — era a voz da minha mãe. Porque diabos ela estava me ligando pelo telefone fixo?

— Mãe por que está me ligando pelo telefone fixo? — indaguei massageando minhas têmporas.

— Isso não vem ao caso, eu liguei pra avisar que seu primo está vindo pra cá, e ele vai ficar aí na sua casa — ela falava com tanta naturalidade que quase não entendi o que ela estava dizendo.

— Que primo? E por que na minha casa? — meu dia mal havia começado e já estava uma bagunça.

— Spencer, filha, um primo nosso distante, mas é da família, e eu achei melhor que ele ficasse na sua casa porque ela é muito maior que a minha cobertura, aliás aí tem praia, ele ama surfar.

Aquilo tudo me cheirava a mais dor de cabeça.

— Tudo bem, que escolha eu tenho, não é? — pude ouvir um grito de alegria abafado dela, as vezes ela agia como uma adolescente.

— Ele chega hoje às 5:35 da tarde, vá buscá-lo no aeroporto.

Deus, que abuso.

— Mas eu nem conheço ele.

— Não se preocupe, ele me disse por telefone que já conhece você, disse já te viu em alguns eventos que estivemos em Nova Iorque. Beijos meu amor.

— Beijos mãe.

Assim que coloquei o telefone de volta no lugar, me virei para o homen que ainda estava de pé me olhando. Uma vontade imensa de voltar pra cama me tomou, mas a campainha tocou antes que eu pudesse resolver com o que me preocupar. Aquela manhã estava tão movimentada, que me perguntei se foi uma boa ideia ter saído da cama.

Eu fui até a porta sob os olhos vigilantes do homen enquanto tentava absorver todas as notícias do dia. Ao abrir a porta tive uma grande surpresa, tentei não demonstrar meu espanto ao ver o Aaron parado na porta, antes que meus olhos buscassem rapidamente os dele eu fechei a porta de novo na esperança que ele fosse embora.

Segredos Do Tempo_ Volume 1Où les histoires vivent. Découvrez maintenant