18.0

1.9K 182 762
                                    

Quando eu acordei, já era dia e eu não fazia idéia de onde estava ou o que aconteceu

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Quando eu acordei, já era dia e eu não fazia idéia de onde estava ou o que aconteceu. Eu só sabia que tinha um corpo em cima de mim, quente e confortável, embora um pouco pesado. 

Levei alguns segundos para me situar e perceber que eu estava abraçada com Bucky, dentro do meu quarto. E que ele tinha a cabeça repousando entre o meu peito e a curva do meu ombro, enquanto roncava. 

Não um som escandaloso, mas um ronco de cansaço, como se Bucky estivesse cansado demais para sinplesmente, dormir bem.

Na verdade, tirando o cabelo da frente do rosto dele e o encarando de pertinho, é que eu percebi o quanto ele tinha envelhecido desde o dia em que eu o vi pela primeira vez. 

Observei cada ruguinha nova e cada linha de expressão, o maxilar marcado e a depressão das bochechas.

Além, é claro, da quantidade de cicatrizes pequenas espalhadas pelo rosto dele. Talvez cortes ou socos... 

Mesmo assim, Bucky ainda era o homem mais lindo que eu já tinha posto os olhos.

Encarei o relógio no pulso dele, que estava jogado, folgadamente, sobre meus seios, com a mão no meu ombro. 

Ótimo, eu tinha perdido um dia inteiro de trabalho! 

Bucky se remexeu, resmungando algo sobre precisar de mais cinco minutos e deitou mais o corpo sobre mim, enfiando o rosto no meu pescoço e fazendo cócegas com a barba.  

Eu podia ter reclamado. Tirado ele de cima de mim. Batido em Bucky. Ter acordado ele e mandado ele sair do quarto, mas... 

Lembrei da conversa anterior. Ele tinha sido afim de mim. Como eu era idiota! Passei a vida achando que ele me odiava e ele gostava de mim, mas não queria atrapalhar o Steve... 

Tive vontade de enfiar a mão na cara de Bucky e, talvez, se ela não estivesse perdida entre meu pescoço e meu cabelo, eu realmente tivesse enfiado a mão na cara dele. 

Idiota tapado!

Encarei Bucky, observando as costas subirem e descerem, calmamente. Ele tinha dormido de novo?

Franzi a testa. E o chamei umas três vezes... Não ouve nem mesmo uma diminuição dos roncos. Ele parecia esgotado mesmo... 

Minha mão entrou, de leve, pela gola das duas blusas dele. Bem devagar. Ele não se mexeu. 

Toquei com a ponta dos dedos, bem devagar, percorrendo do pescoço até o ombro. Nada. Suspirei aliviada e enfim, toquei o início da enorme cicatriz que ele tinha, que se fundia ao braço biônico. 

Adore You.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora