Sibéria.
Dois mil e dezessete.
Amber Johnson.
Tudo começa quando, um ano após a Guerra Civil, Steve Rogers acaba fazendo uma descoberta com os Vingadores: A garota que ele era apaixonado antes de ser o Capitão América está viva e congelada em cri...
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Eu tinha acabado de fechar a loja do Senhor Lee e levado ele para o apartamento, quando ouvi alguém me chamando.
Primeiramente, meu coração deu um salto e meu primeiro instinto foi erguer minha guarda e olhar ao redor. Eu estava assustada demais com tudo que estava acontecendo, para não entrar em pânico ao ouvir alguém me chamar.
Mas soltei todo o ar e relaxei o corpo ao perceber que era só Steve do outro lado da rua. Ele fez um sinal perguntando para qual lado eu estava indo.
Aparentemente, ele estava indo para o mesmo. Esperei Steve atravessar a rua e nos cumprimentamos com um rápido abraço.
-Então, você estava indo para lá? - Steve começou a andar e eu o segui.
-Eu saí mais cedo, então ia até o restaurante para esperar o Bucky. - Expliquei. - Alguma novidade sobre o meu avô?
Steve negou, dando de ombros.
-Nenhuma, mas essa reunião de hoje é para deixar a Shield a par dos acontecimentos oficialmente. - Ele fez uma pausa. - Eu também tinha pensado em ir no restaurante do Bucky, na verdade... Era por isso que eu estava indo para lá. Mas também pensei em te ver.
-Hm...
Ignorei a última frase e atravessei a rua. Ouvi o suspiro de Steve atrás de mim.
-Desculpe, eu sei que você e o Bucky estão juntos...
-E muito bem, obrigada! - Parei e obriguei Steve a parar. - Steve, nosso tempo já deu...
-Eu sei, Amby. - Steve suspirou de novo. - E eu me arrependo de tudo que eu fiz, sabe? Quero dizer... Eu não percebi que estava te magoando tanto.
Revirei os olhos e esperei.
-Mas é que... Você foi uma parte importante da minha vida, Amber. E eu não consigo olhar para você e não sentir nada.
Torci a boca e dei de ombros, encarando Steve nos olhos.
-Stee, olha... - Passei a mão pelos meus cabelos. - Eu vou ser sincera, okay? Eu já entendi seu lado e te desculpei, Stee. E apesar de não termos dado certo como casal, eu gosto de você. E, confesso, eu também não consigo olhar para você e não sentir nada...
Steve ergueu as sombrancelhas, surpreso e tentou falar, mas segurei o braço dele, o puxando e voltando a andar.
-Mas é só carinho! Entende? Carinho pelo que a gente teve e pelo que passamos. Gratidão por você não ter deixado eu enlouquecer quando cheguei aqui... E isso, eu nunca vou poder negar.
-Mas...? - Steve suspirou, enfiando as mãos nos bolsos.
-Mas eu fui sincera quando eu te disse que sempre foi ele. - Parei de novo. Eu já conseguia ver a fachada do restaurante. - Sempre, Steve. E sempre vai ser.
