Sibéria.
Dois mil e dezessete.
Amber Johnson.
Tudo começa quando, um ano após a Guerra Civil, Steve Rogers acaba fazendo uma descoberta com os Vingadores: A garota que ele era apaixonado antes de ser o Capitão América está viva e congelada em cri...
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Os dias que se seguiram ao casamento foram calmos e, de certa forma, até mesmo entediantes, já que a rotina se resumia a: Acordar, tomar banho e café, levar MJ para a creche, ir trabalhar na livraria, ir pegar MJ (se Bucky já não tivesse pego), ir para a Shield e, enquanto eu trabalhava lá, monitorando casos e enviando cobranças para os Agentes, deixava MJ na Creche da Shield, que descobri depois ser, surpreendentemente, bem cheia de crianças até o quatro anos.
Já fazia um bom tempo desde que eu tinha sido obrigada ou escolhido ir em uma missão de campo e eu até sentia saudade de usar minhas habilidades sem limite, mas confesso que era mais prático e seguro trabalhar no computador. E sinceramente, não era massante. Eu gostava muito de passar o dia fazendo contas, trabalhando em conjunto com o departamento de Contabilidade e com o de Arquivamento.
Tony costumava brincar que não havia nada que fazia um Stark mais feliz do que ter gente que pudéssemos cobrar e botar para trabalhar e é óbvio que eu só não concordava para não parecer tão arrogante.
Naquele dia, eu fui liberada cerca de oito e meia da noite, mas só consegui sair da minha sala lá pelas nove da noite. Tranquei bem a porta e bati o ponto, pegando meu celular e mandando mensagem para Rebecca e Bucky, perguntando se alguém já tinha ido pegar a MJ.
Bucky me informou que ele e Steve estavam na sala de treinamentos com MJ. Inclusive, havia me mandado uma foto dela no colo de Steve, puxando o cabelo loiro e babando o queixo dele.
Sorri. Nem parece que essa menina não podia sentir o cheiro dele que me fazia vomitar durante quatro meses inteiros!
Caminhei sem pressa até a máquina de guloseimas e enfiei uma nota de cinco dólares, pegando um refrigerante qualquer bem gelado.
-Sabe, eu estive pensando, Gatinha…
Encarei Sam, que apareceu por trás de mim e me observou beber o refrigerante. Indiquei com a cabeça para ele falar.
-Eu não tive oportunidade de perguntar desde o casamento se você gostou da escolha da música.
Fuzilei ele com os olhos, negando com a cabeça. Ele começou a rir, apontando para mim.
-Você tinha que ver a sua cara, Foguinho! Eu achei que você ia abrir um buraco no chão e se enterrar nele!
-Muito engraçado! - Revirei os olhos e dei as costas a ele.
Sam saiu correndo atrás de mim, enquanto eu seguia na direção do corredor dos Vingadores. Ele me acompanhou, rindo sozinho.
-Mas e aí? Como foi a conversa?
-Acho que ele desapegou de verdade. - Dei de ombros, sem parar de andar. - Quer dizer, desde quando eu encontrei ele, lá em Wakanda… Eu notei que o Steve nunca mais me olhou como ele me olhava. Entende?
