Me Beije.

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Hanna Geller











O bar estava vazio, uma música dos anos 90 tocava ao fundo, havia algumas pessoas dançando e outras jogando sinuca.

Kate e eu decidimos parar em um pub perto de casa, depois do que descobri no bordel, tínhamos muita coisa pra conversar.

Logo meu vinho e a cerveja são servidos pelo garçom de cabelo colorido, Kate e eu estamos no balcão em silêncio.







- Antes de você começar a me julgar - Ela quebra nosso silêncio, toma um gole de sua Heineken e olha pra mim. - Vou explicar todo o que aconteceu.



- Sou sua amiga Kate, não vou julgar você - Bebo um gole do meu vinho branco. - Só fiquei irritada porquê você não me contou antes.



- Tive vergonha Hanna, não tenho muito orgulho do meu passado. - A primeira lágrima cai dos olhos de Kate. - Bom... Quando eu tinha 17 anos, eu fugi de casa, pra escapar da violência que eu sofria de meu padrasto, quando eu morava no Queen's. - Eu não acreditava no que ela tinha acabado de dizer, eu não conseguia sequer me mexer no banco de madeira. - Quando cheguei aqui, eu não tinha nem lugar pra morar, morava em um abrigo comunitário, eu era muito jovem e sai de casa apenas com 30 dólares. Foi nessa época que eu conheci a Lucy, ela me ofereceu abrigo na casa dela e me ofereceu um emprego no bordel.



- Então você começou a se prostituir ao dezessete anos ? - Pergunto incrédula. - Tão nova assim...



- Não, Lucy me ofereceu emprego pra fazer faxina no bordel, quando estava fechado. - Ela termina a cerveja e pede outra ao garçom. - Mas eu comecei a ver o tanto de dinheiro que aquelas garotas ganhavam, então quando eu fiz dezoito anos pedi para Lucy pra trabalhar com elas.



- Se era o que você queria, por quê você largou? Por que não trabalha lá até hoje?



- Porque dinheiro vicia Hanna, mas do que qualquer droga que você conheça. E eu fiquei viciada, fazia programa até quando o bordel estava fechado, eu amava o cheiro e a cor do dinheiro, amava o sexo com aqueles velhos ricos, amava ser a amante deles, eu amava aquela vida fácil - A cerveja que ela pediu chega ao balcão, ela abre a garrafa e dá um longo gole. - Mas tudo que vem fácil, vai fácil. Uma noite quando eu estava fazendo um programa num motel, o filho da puta do cliente, tomou Viagra demais, ele tinha problemas de coração e morreu em cima da cama, quando eu estava me trocando no banheiro, logo a polícia chegou e... Provavelmente por eu ser uma prostituta, eles me prenderam, fiquei presa por 2 semanas, até que Lucy pagou minha fiança e ela me fez prometer a abandonar aquela vida de puta, então eu consegui emprego na Prada.




- Meu deus amiga... - Minhas lágrimas também se renderam a escorrer.



- Me Desculpe por não te contar - Ela me abraça - E que eu pensava que você iria me julgar.



- Eu nunca teria coragem de fazer isso, eu amo você Kate. - Logo nós duas começamos a chorar e todas as pessoas do bar começaram a olhar para nós, como se fossemos duas bêbadas loucas. Ao perceber os olhares começamos a rir.


Paguei minha conta e a de Kate e fomos a pé para casa. Fomos andando e cantando no meio da rua em plena às 3 da manhã, eramos literalmente duas bêbados malucas.













Tom Hilddleston








Após Hanna deixar o escritório, resolvo ficar mais um tempo para finalizar algumas questões empresárias, já que amanhã teríamos uma reunião muito importante com investidores franceses.

Proposta Indecente - Tom Hiddleston [CONCLUÍDA] Onde as histórias ganham vida. Descobre agora