Durma Comigo Hoje.

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Hanna Geller













Uma onda de felicidade, passou por meu corpo, meu coração batia tão forte que eu quase podia ouvi-lo, a saliva de minha boca secou e eu sentia uma trava na minha garganta, mais uma lágrima de felicidade escaspou de meus olhos.

- Tudo bem... - Pego um pouco de papel de um recipiente em cima da pia e seco minhos olhos. - Estarei aí em poucos minutos.

Pego minha bolsa do chão e saio do banheiro as pressas, seguindo até o escritório, limpar minhas lágrimas foi inútil, já que enquanto eu corria pelos corredores, mais lágrimas caiam.

Chego até a porta de madeira escura, abro a mesma sem bater, dando de cara com Tom mexendo em seu Notebook.


- Por que você demorou tanto? - Ele me questionou sem tirar os olhos do computador. - Temos uma reunião com a Bolsa de Wall Street, estava esperando você.

- Não vou poder ir Tom. - Digo sem entrar na sala. Ele me lança uma olhar de dúvida, com certeza por ter notado minhas lágrimas.

- E... Qual é o motivo de você não comprir seu trabalho ? - Ele arqueia uma sombrancelha.

- Minha mãe acabou de despertar do côma. - Ele parecia surpreso, até mais surpreso do fiquei minutos atrás. - Eu preciso vê-la Tom. - Ele se levanta e anda até mim.

- Não precisa vir pra cá, quando sair. - Ele diz com as mãos nos bolsos, ele me deixou ir. - Quero que vá pra casa... - Ele tira uma das mãos dos bolsos e as leva até meu rosto, deixando um selar em minha testa. - E descanse um pouco.



Eu estava presa dentro daquele táxi, em um engarrafamento horrível, o que era normal, por se tratar de Nova York e ainda por serem três horas da tarde.

A última vez que fui até o hospital, eu carregava uma tristeza nos olhos, ao saber que minha mãe, havia piorado, mas agora... Eu me sentia muito mais aliviada.

O táxi para em frente ao hospital, pago o valor que mostrava no visor e saio do veículo, me adentrando no hospital, que naquele dia se encontrava bastante cheio, chego até a recepção.


Comprimento a loira que sempre estava lá e pego um crachá de visitante, seguindo em direção ao elevador.

A cada vez que os números acima das portas se aproximavam do andar onde minha mãe estava, eu sentia minhas pernas tremerem e meu coração bater mais forte.

As portas metálicas são abertas na minha frente e sigo em direção a sala 586, ao chegar em frente a porta branca, dou três batidas e logo escuto uma voz feminina dizer um simples "entre".



Ao abrir a porta, minha mãe estava deitada na cama, com uma expressão de cansaço e fandiga, ela estava até mais magra do que a última vez que a vi, fazendo meu coração quase parar.

Havia uma médica ao seu lado, mexendo em seu aparelho respiratório.


- Mamãe... - Digo ao entrar na sala e as duas olharem pra mim, eu pude ver de longe um brilho nos olhos de minha mãe.

- Hanna... - Sua voz sai fraca, e ando rápido em sua direção, a abraçando por cima dos cabos dos aparelhos, apoiando minha cabeça em seu peito. - Pensei que nunca mais iria ver você minha filha. - Mais lágrimas se soltam dos meus olhos.

- Eu também, mãe. - Uma de suas mãos faz um carinho gostoso no meu cabelo, um ato que por muitas vezes, pensei que nunca iria receber de sua parte.

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