Eu NÃO Te Amo

Capítulo 4

13 anos atrás ...

“Homens são seres carnais, se sentem atraídos pelo que veem, se quer seduzir um homem jogue o jogo deles, nada melhor que brincar de pega-pega e esconde-esconde, deixe a mente dele trabalhar ao seu favor, incite ele”, Foi a frase de um site de mulheres que lhe deu a ideia maluca de mostrar para Eduardo o que ela tinha a oferecer.

Ela vestiu um vestido com mangas na cor vinho, a única coisa que o mantinha “fechado” era a faixa na cintura que se amarrava na lateral do corpo, dando-lhe a semelhança de um roupão; o decote era acentuado exibindo um pouco do vale entre os seios, e nada de sutiã, ao se sentar a perna forçava a formação de uma fenda lateral, deixado até o meio das coxas exposto. Ela sabia que era ousado, e que Cuzco ficaria uma fera vendo ela usar aquele vestido, mas resolveu tentar, suas cartas não fizeram efeito nele.

Chegou sozinha à mansão Sorelli. Aquele era o jantar anual da Sorelli e associados, naquela época Salvatore Sorelli, o pai de Eduardo, ainda comandava a empresa, era o último ano dele como CEO,  durante a festa seria anunciado a sucessão dele por Eduardo. Ela inventou uma desculpa para poder ir sozinha, senão seu lindo vestido não seria usado. Procurou pelo seu “sonho de consumo” assim que adentrou o hall, ele estava lindo em um terno preto acetinado focado em algo que um homem mais velho dizia, ela viu ele sorrir, e sorriu também. Nenhum sinal de Carina, aquilo inundou seu coração de prazer.

Ela caminhou por entre convidados, a maquiagem bem feita fez ela parecer mais velha. Ela avisou um dos garçons que esperava por Eduardo no jardim dos fundos perto da fonte; ela já tinha ido lá algumas vezes com o pai, então se lembrava bem do lugar, ela sabia que Salvatore mandou fazer a fonte com uma sereia seduzindo um marinheiro para homenagear sua esposa. Marina ficou separada de Salvatore por três longos anos antes de se casarem, um oceano os separava, por isso a alusão, aquilo significava que mesmo separados pelas águas ele ainda era seduzido por ela, Tessa achava a história deles um lindo romance. Ainda permaneciam casados, e demonstravam nunca terem deixado de se amar.

Ela tocou a água da fonte, será que se jogasse uma moeda e pedisse, Eduardo se apaixonaria por ela? Tessa riu de ter esse pensamento. Logo Eduardo iria chegar, ao menos ela esperava que sim. Na mensagem, ela revelou que tinha algo para mostrar, queria induzir a curiosidade dele. Seu coração batia descompassadamente, e a cada minuto se sentia mais ansiosa. Ela sabia que a fonte ficava fora da vista dos convidados, sendo protegida por várias plantas. Se tornando um lugar íntimo. Ela se sentou na borda da fonte, observando a natureza ao redor, podia ouvir o barulho da festa baixinho, escutou passos se aproximando, quando se virou viu Eduardo chegando com ambas as mãos nos bolsos, ela se inclinou para a frente e cruzou as pernas, daquela forma ele podia ter uma ampla visão dos seios e da coxa. Respirou fundo.

— O quê está fazendo aqui fora? — Ele perguntou parando na sua frente, ela podia perceber que ele mantinha os olhos acima de sua cabeça, como se tentasse evitar ver ela. Tinha certeza que o garçom tinha dado o recado, então ele sabia que ela queria lhe dizer algo, mas estava agindo como se não soubesse.

— Podemos conversar? — Ela se inclinou tocando no braço dele, mas ele se esquivou.

— Estamos conversando — garantiu. Ele nem sequer focava nela. — Você disse que queria mostrar algo importante. O que é? — Foi a primeira vez que ele olhou para ela, seus olhos analisaram-na até finalmente encarar seu rosto. Ela engoliu em seco e se levantou. Eduardo se afastou um passo.

— É melhor mostrar do que dizer — Tessa encarou os olhos dele e se aproximou um passo, Eduardo permaneceu um impassível, ela colocou ambas as mãos na lateral do corpo para desatar o nó que fechar o vestido, isso fez ele ficar tensionado. Assim que o nó foi desfeito, e o vestido se abriu, ele teve um vislumbre da calcinha preta e dos contornos dos seios até se virar de costas.