Capítulo 26

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Desculpa a demora pessoal.

É oficialmente setembro. 🙌🏽

Tenham uma boa leitura.

Valentina

Entro no quarto rapidamente trancando a porta atrás de mim, encostando na mesma. E nada que eu faça ou pense me faz parar de chorar nesse momento.
Eu não acredito que ele me pediu uma coisa absurda dessa, eu não vou tirar o meu bebê, não importa se ele é apenas um feto, ele vai crescer e virar um lindo bebê dentro de mim, e eu o quero mesmo sendo cedo demais.

Pego o celular e ligo pra Alícia ela atende no segundo toque.

__ Oi amiga linda, meu amor. __ atende animada. __ Está melhor? __ pergunta se referindo ao momento do restaurante.

__ Não, você está em casa? __ pergunto sem disfarçar a voz de choro.

__ Estou sim... O que aconteceu? Porque está chorando? __ questiona com preocupação.

__ Eu preciso falar com você pessoalmente. Posso ir aí?

__ Que pergunta ridícula, Valentina, é claro que pode. O que Max fez? Eu vou matar aquele desgraçado com minhas próprias mãos. __ pergunta com ira.

__ Te explico quando chegar.

__ Quer que eu vá te buscar? __ pergunta.

__ Não precisa eu vou de táxi. __ me despeço encerrando a ligação. Já está anoitecendo então troco o vestido por uma calça jeans e uma blusa de manga comprida e nos pés um tênis confortável. Saio do quarto e quando estou passando pelo corredor ouço sua voz vindo do escritório, me aproximo para tentar ouvir.

__ Você fala como se não tivesse nenhuma solução, é tão simples é só fazer um aborto. __ ouço ele falar e mais lágrimas voltam a rolar no meu rosto. Me afasto apressada, desço as escadas e logo estou no elevador, penso em ligar para Jack, mas desisto da ideia pois Max deu folga pra ele que deve está aproveitando com a esposa e os filhos.

Vou pegar um táxi que vai ser bem mais rápido. O que pode acontecer afinal? Não é como se Cibelle estivesse plantada em frente ao prédio só esperando a oportunidade de ver sozinha. Hesito um pouco ao chegar na guarita, mas descarto essa possibilidade e saio em direção ao ponto de táxi que fica logo na esquina da rua.

Pouco mais de cinco minutos um táxi se aproxima, dou sinal e ele para, informo o endereço ao entrar. A viagem é feita em silêncio a não ser pelo som do rádio tocando a música, Perfect de Ed Sheeran.

De alguma forma a letra me faz ficar emocionada, por se tratar de uma história de amor perfeita, me esforço pra não deixar as lágrimas rolarem novamente, respirando fundo e engolindo o nó na garganta, mas não consigo segura-las por muito tempo. Com uma parte da música.

"Amor, apenas segure minha mão
Seja minha garota, eu serei seu homem
Eu vejo meu futuro em seus olhos."

Era essa atitude que eu esperava dele, segurar minha mão dizer que vai ficar comigo e com o nosso filho.
Quanto ao futuro, não teremos um futuro juntos. Não mais, não depois de querer descartar o próprio filho como se fosse nada.

Uns trinta minutos depois o táxi para em frente ao apartamento. Pago a corrida e desso do carro.

Ao chegar no andar toco a campanhia e logo a porta é aberta por Arthur, que fica surpreso ao me ver. Não nos falamos mais desde a nossa discussão.

Desejo IncontrolávelWhere stories live. Discover now