Desejo Incontrolável

Capítulo 33

Deu um probleminha no capítulo mas agora foi.
Boa leitura.

Valentina

__ Valentina acorda, meu amor, por favor, eu preciso de você.

Eu ouço a voz dele todos os dias, mas diferente de quando eu estava em um túnel, agora eu tenho noção de que estou deitada e com os olhos fechados, me esforço para tentar abri-los mas é inútil. Abrir os olhos é inútil, tentar me mexer é inútil e tentar falar também. Tô me sentindo em estado vegetativo, porém com os sentidos funcionando perfeitamente.

Eu só quero acordar, levantar mas o sono sempre me vence, me fazendo para de pensar e ouvir por longas horas. É horrível não poder se mexer nem responder as pessoas, quando falam comigo constantemente.

O que está acontecendo comigo? Porque eu estou aqui? Presa nesse sono... É angustiante.

__ Você Consegue me ouvir?__ novamente a voz de Max, ela se repete mais que as outras. Parece que ele está sempre aqui comigo, isso me conforta de alguma forma, me faz perceber que não estou sozinha na escuridão. __ Eu te amo tanto.  Você tem que acordar logo meu amor. __ sinto seu toque suave em meu rosto, é a primeira vez que sinto seu toque e agora em minha mão, me esforço e consigo segurar de volta. __ Abre os olhos meu amor, estou aqui com você. __ e como se algo me puxasse da escuridão, meus olhos se abrem e vejo Max me encarando surpreso e feliz ao mesmo tempo. Olho em volta confusa tentando me situar, respiro fundo e tudo dói por dentro e parece que o ar vai faltar a cada vez que tento respirar fundo e realmente falta.

__ Max... __ tento falar mas minha voz falha.

__ Não, não fala nada meu amor. __ diz tocando meus lábios com a ponta dos dedos.  __ Vou chamar o médico. __ fala com desespero, cada segundo que passa fica mais difícil pra respirar. __ Fica calma por favor! __ ele pede e posso ver aflição em seus olhos, seguro sua mão com força, até não ter mais firmeza,  e tudo se apagar mais uma vez.

Acordo novamente e dessa vez com uma equipe médica a minha volta, todos com uma expressão de alívio e felicidade no rosto, como se eu tivesse acabado de ressuscitar, tento falar mas uma enfermeira me interrompe.

__ Está tudo bem agora, não precisa falar nada. __ fala com suavidade me trazendo uma certa paz e tranquilidade. Fico parada e calma enquanto me examinam.

__ Agora que está fora de perigo é só aguardar mais uns dias pra você ter alta. __ o médico fala enquanto anota alguma coisa em um papel.

__ O que aconteceu? __ pergunto com a voz fraca.

__ Você consegue lembra alguma coisa? __ nego com a cabeça buscando em minha mente o motivo de eu está em um hospital.

__ Você, foi vítima de um sequestro... __ o médico começa explicar e como uma avalanche as informações vão ganhando vida e forma em minha mente. Desde o início, gravidez, discussão com Max sobre aborto, Alícia, Arthur, Cibelle e Philipe... TUDO, passando como um filme, minha cabeça que começa a latejar de dor. Meu bebê, meu Deus. Lembrar de tudo que eu passei me faz questionar se ele ainda está aqui.  __ Mas agora está tudo bem, você se recuperou muito rápido.

__ Como está o meu bebê? __ questiono com o coração apertado.

__ Você sofreu um aborto espontâneo, eu sinto muito não podíamos fazer mais nada. __ informa com tristeza. Meu coração dói com a informação, toco minha barriga e as lágrimas descem no rosto.

__ Ei. __ ele diz tocando meu ombro, olho em seu rosto. __ Não fica assim, você é nova e saudável, vai poder ter quantos filhos quiser.

__ Eu sei... Mas eu queria esse e ele foi arrancando de mim. __ falo secando as lágrimas.