Capítulo 28

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Valentina

Escuridão é tudo que eu vejo no lugar onde me encontro. Minha mente está nublada, não consigo ter noção das coisas e não sinto meu corpo, é como se eu estivesse flutuando, na escuridão.

Meus sentidos vão voltando gradativamente, e percebo está deitada em um local minúsculo e escuro minhas mãos estão amarradas para trás e por está deitada de lado, meu braço e perna esquerda estão dormentes.

Tento me mexer mas é inútil, percebo que minha boca está tapada com uma espécie de fita e pelo barulho que só agora comecei a ouvir claramente, estou em um porta malas de um carro, que está a uma velocidade autissima.

Eu fui sequestrada?

O medo toma conta de mim, meu coração acelera tão forte, que eu penso que vou ter um ataque cardíaco, meu corpo treme, sinto falta de ar, até cólica. Meu Deus, meu bebê. Choro aflita, e a cólica fica cada vez mais forte, me encolho na tentativa de proteger a barriga mas minha mãos estão pra trás e o espaço é pequeno.

De repente o carro para, o lugar parece silêncioso, não tem barulho de outros carros. Fico apavorada, lembrando de alguns noticiários dos jornais onde pessoas são encontradas queimadas em carros. O porta malas é aberto bruscamente e uma lanterna e apontada na direção do meu rosto, fecho os olhos por conta da claridade.

__ Está acordada? __ uma voz familiar questiona. __ Droga, estragou minha surpresa. __ é Cibelle. Ela vai me matar!

Ela me puxa pelo braço de forma grotesca, não consigo me manter de pé pela dormência no lado esquerdo.

__ Levanta sua vadia. __ fala dando um chute na minha barriga a dor é tão forte quase insuportável. Tento me levantar mas é difícil com as mãos amarradas. Então ela me arrasta para dentro de e um lugar que parece um galpão abandonado, não consegui ver nada direito porque está escuro e provavelmente é um lugar no meio do mato, não tem poste de luz. Ela me joga no chão contra a parede e acende luz, o local está vazio, a não ser por uma mesinha com duas cadeiras, as janelas estão presas com várias madeiras e as paredes estão com a pintura velha e mofada. Ela se abaixa em minha frente e arranca a fita da minha boca com força.

__ Aí. __ resmungo.

__ Era pra você acordar aqui, ter as suas duas  surpresas que preparei pra você. __ explica sentando em uma cadeira de frete pra mim. __Então, surpresa! __ fala com animação.

__ Por favor Cibelle, me solta. __ falo com a voz trêmula de medo do que ela possa fazer comigo.

__ Te soltar? __ da uma gargalhada maléfica. __ Tudo vai depender do seu namorado, se ele cooperar comigo, você vai ser liberada, não posso garantir que será ilesa.

__ Ele vai cooperar, fala o que você precisa, liga pra ele, por favor. __ falo desesperada ele rir debochando do meu desespero.

__ Coitadinha, tá com tanto medo e quer que eu ligue para o namoradinho vir socorrer. __ me olha com desdém. __ Não vai ser uma negociação fácil. Tem noção do quanto destruiu a minha vida? Quanto custa uma vida pra você? __ não respondo pois imagino que seja uma pergunta retórica. Ela se aproxima deixa um tapa estalado no meu rosto com as costas da mão, viro o rosto com os olhos fechados sentindo gosto de sangue na minha boca. __ Eu te fiz uma pergunta, vadia desgraçada.

__ Para, por favor. __ peço chorando. __ Eu não tenho dinheiro Cibelle. O que você quer que eu faça? Eu tiro todas as acusações que fiz contra você só não me machuca por favor. __ peço temendo que me machuque ainda mais e eu perca meu bebê, eu já estava com cólica por conta do medo, depois do chute que ela me deu a cólica aumentou.

Desejo IncontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora