Diplomado

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Já se passara quase seis meses do sequestro de Kabuto. Ele voltou logo à faculdade. Explicou pro reitor o problema que passou e pode frequentar as aulas que perdeu em outro período, para cpnseguir se formar no final do ano. Orochimaru liberava-o no período do estágio, ajudava com as matérias e incentivava sempre. As coisas no escritório iam mais que bem. E logo após a formatura, Kabuto se tornaria seu sócio. Nunca mais tinha perdido ele de vista, desde o sequestro. Levava e buscava o rapaz na faculdade.

Jamais passaria novamente pela agonia de não saber onde ou como seu amor estava.

(Flash back on )

No outro dia, após a sua volta do cativeiro, Orochimaru levou-o na delegacia. Kabuto contou que tinha sido sequestrado por um amigo de infância chamado Kidomaro, o qual nutria uma paixão doentia por si. O estagiário tinha combinado uma história com Kakuzu. Disse que conseguiu escapar porque o sequestrador tinha bebido demais. Então, furtou as chaves e acabou trazendo-as consigo (Zabuza as tinha enviado junto com o seu relatório) Depois pediu para um estranho, que parecia estar indo pro trabalho, o celular emprestado. Como não conseguiu lembrar nenhum número de telefone, nem o endereço de Orochimaru, tão nervoso que estava, pediu um carro de aplicativo para a Akatsuki, que era grande e conhecida. Chegando lá, Kakuzu pagou a corrida e o levou para Orochimaru.

Disse que não lembrava onde era o cativeiro, e que tinha andado muito até chegar num lugar mais urbano para pedir ajuda. Porém, descreveu a parte interna da casa detalhadamente e contou que Kidomaro não o maltratou nem uma vez, que ficava agradando-o com a esperança de que Kabuto se apaixonasse por ele.

Respondeu à todas as perguntas, se permitindo chorar em alguns momentos, e logo foi liberado. Depois, Juugo contou a notícia de que uma casa no interior tinha pegado fogo, ficando totalmente destruida. A polícia local declarou que o incêndio foi acidental, causado por vazamento de gás. A única vítima era um homem jovem, que posteriormente identificaram como Kidomaro. A autópsia dizia que ele estava embriagado.

Depois, num momento estra-oficial, os três amigos se reuniram e Kakuzu mostrou a Juugo, o relatório de Zabuza. Eles se conheciam desde crianças, e embora Juugo, um homem da lei, não aprovasse o que Zabuza fazia, tinha que concordar que era um favor à sociedade na maioria das vezes.

(flash back off)

......

Havia mais ou menos umas três semanas, eles começaram a perceber que Anko estava indo muitas vezes ao escritório vê-los, com a desculpa de precisar comprar linhas para seus crochês. Naquele dia, Orochimaru estava esperando o elevador, e quando as portas se abriram, flagrou-a aos beijos com seu vizinho do corredor, Kakashi.

Os dois ficaram muito embaraçados, igual a adolescentes pegos em flagrante. Mas Kakashi logo se recompôs:

- Não é o que você está pensando. - disse Kakashi muito vermelho. Orochimaru cruzou os braços no peito, tentando parecer bravo, mas na verdade, estava se esforçando muito para não rir - Eu amo a sua irmã. Mas ela não queria que namorássemos oficialmente. Falou pra mim que já passou da idade de namorar. Mas eu acredito que o amor não tem idade - falou num fôlego só, diante de uma Anko escarlate de vergonha - Eu queria contar pra você. E fico muito feliz que você nos viu juntos. Agora não preciso mais esconder o nosso amor.

Apesar do rubor excessivo de Anko, Orochimaru pode ler em seus olhos que ela estava feliz. E ficou feliz também.

- Não é como se eu precisasse dar permissão, não é mesmo? - disse o engenheiro, divertido - Vocês são adultos. Fico feliz por vocês - Então, olhou diretamente para o platinado e falou - Kakashi, Anko é a minha irmazinha. Se você a magoar, saiba que nunca encontrarão seu corpo.

Um tempo depois, Anko vendeu sua casa no interior. Disse que ficaria com Orochi até o casamento, depois se mudaria definitivamente para o apartamento de Kakashi, onde já passava boa parte das noites.

Orochimaru estava ansioso. Aquela semana vinha sendo muito agitada com os preparativos do casamento: Prova de roupa, buffet, reserva de hotel pra lua de mel... Ele estava ficando maluco! Conseguiu fechar a boate Icha Icha para a festa, gentileza do dono Jiraya, que tinha encomendado o prédio há alguns anos e amara o resultado. Sabia que valeria a pena. Logo Kabuto seria seu, como dizia uma expressão antiga, "de papel passado".

A formatura de Kabuto foi linda! Ele estava muito nervoso, pois tinha sido escolhido para orador da turma. O engenheiro o achou deslumbrante com a beca e ficou sentado na primeira fileira, apreciando o rapaz corar adoravelmente enquanto falava com paixão sobre o seu curso. E, quando ao final, o jovem foi ovacionado, ficou mais vermelho que o normal, coisa que o arquiteto julgara impossível até então.

O baile após a cerimônia, foi inesquecível. Kabuto vestia um fraque cinza, ao estilo inglês, com colete trespassado, camisa preta e gravata branca perolada, cabelos soltos sobre os ombros. Orochimaru com terno italiano lilás, gravata roxa e camisa branca. Os cabelos caiam livres nas costas. Eram, sem dúvida, o casal mais lindo e mais apaixonado do salao. Dançavam com leveza, quase flutuando. Desfrutando o calor dos seus corpos.

O único casal que os rivalizava em beleza e paixão eram Anko e Kakashi. Ela com um vestido prateado, longo, com um decote princesa, sem mangas, valorizando os ombros delicados e o pescoço de bailarina e cabelos presos num coque alto. Kakashi estava com terno branco e camisa preta, com a gravata prateada, quase no mesmo tom do vestido de Anko, os cabelos platinados charmosamente desarrumados. Chamava a atenção por onde passava, mas só tinha olhos para Anko.

A noite foi gloriosa. Todos se divertiram. O engenheiro e seu amado se retiraram as três da manhã. Quando desciam as escadas para o estacionamento do salão, Orochimaru foi dar um selar de lábios no seu noivo, mas Kabuto o atacou, fazendo com que o beijo se tornasse intenso e selvagem. Suas mãos passeavam pelo corpo do seu amante como se quisessem fundir-se à pele dele, arranhando as costas e apertando os quadris aos seus, esfregando as intimidades, que ficaram doloridas pela prisão das roupas.

Orochimaru se deixou seduzir e enfiou as mãos dentro da calça do jovem, sentindo a necessidade de contato com a pele macia das nádegas, arrancando um gemido dengoso ao tocar a cavidade quente, que se contraia em desejo.

Estavam assim, perdidos num mundo de sensações prazeirosas quando ouviram passos e risadas e despertaram do transe. Terminaram de descer as escadas correndo e entraram no carro sem fôlego.

- Qual seu fetiche com escadas? - perguntou Orochimaru rindo da face corada do jovem.

- Não sei... Você me deixa louco!

- Vamos terminar isso em casa - Disse o engenheiro sorrindo malicioso, dando partida no carro.

Quando entraram na garagem de casa, mal o carro foi estacionado, Kabuto subiu no colo do mais velho, beijando-o como se não houvesse amanhã. Orochimaru abriu o paletó e a camisa do mais jovem, beijando o pescoço, chupando e mordiscando os mamilos rosados, sentindo o corpo do outro gemer e se contorcer enquanto alisava a sua ereção por cima da roupa.

Nem um dos dois soube exatamente como aconteceu, pois pareciam ter muitas mãos naquele momento, mas logo Kabuto estava nu em seus braços, e chupava seus dedos eroticamente. Dedos que logo começaram a penetrar o jovem, preparando-o para ser possuído por seu amado, o que não tardou a acontecer. Kabuto cavalgou subindo e descendo rapidamente, sendo estimulado pelos beijos de Orochimaru e suas mãos masturbando-o. Isso levou-o a um gemido alto e um orgasmo intenso, que foi seguido pela sensação inigualável de ter Orochimaru se derramando com um espasmo dentro de si.

Com os corpos suados, colados e respirações aceleradas, eles ficaram abraçados por um tempo, antes de entrar, tomar um banho e adormecerer nos braços um do outro.



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