Capítulo 22: Culpa.

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Boa leitura, xoxo

A R I A

 Acordo com a primeira luz do sol e quero bater em Zayn. 

 - É desse jeito que a gente morre e você dormindo. - Resmungo enquanto ele acorda assustado. Ele esqueceu de me acordar para pegar o próximo turno e dormiu no meio da vigia, duas pessoas mais fácies de ser mortas igual a gente ainda não nasceu. 

  - Será que já acordaram? - Ficamos em silêncio e não escutamos nada, nem o menor movimento que seja. 

 - Acho que não. - Não sabia quais eram os costumes deles, mas parecia que acordar cedo não estava entre eles. 

 - E agora? - Encolho os ombros, esticando os braços para alcançar os dedos dos pés e alongar. 

 - Agora a gente espera. - Ele não parece muito feliz com isso e pega uma das armas que trouxe, passando os dedos sobre a lâmina. 

 - Você não achou meio fácil de mais? - Era o que estava me preocupando, na verdade. 

 - Achei. - Olho em volta e vejo pequenas garrafinhas de barro. Dentro, tinha um conteúdo líquido bem espesso que eu não tentei descobrir o que era. - Mas talvez sempre tivesse sido fácil e a gente que tivesse uma visão errada sobre eles. - Afinal, não vi eles comendo nenhum feérico até agora. E ainda estávamos vivos, o que poderia acrescentar como bônus. 

 - Não sei. Ainda estou com um pé atrás. - Paro de olhar em volta da tenda quando escutamos um barulho vindo de fora, sentando do lado de Zayn e esperando. 

 - O desjejum será servido em alguns minutos. Vocês são convidados a se juntarem a gente, se quiserem. - Meu deus, acho que eu não via tanta educação assim nem na minha Corte. 

 - Já estamos indo! Obrigada! - Escutamos passos pesados la fora e a sombra que estava na frente da nossa tenda some. - Estou com medo agora. Não imaginava que tudo fosse se dar tão bem. 

 - Eu também não. Mas seria falta de educação não ir. - Eu concordo, mas pego dois frasquinhos de antídoto do veneno e lhe entrego um. 

 - Melhor prevenir do que remediar. Qualquer coisa, enfia na boca. - Mando e ele obedece, guardando no seu bolso. Pegamos as nossas coisas e se arrumamos os melhor que podemos, saindo logo em seguida. 

 Um sol forte e mais alaranjado que o normal nos recebe e eu preciso semicerrar os olhos para conseguir enxergar em volta. A aldeia estava tão viva quanto estava a noite. As crianças ainda corriam, mas tanto elas, quanto as mães, nos olhavam preocupados, por mais que tentasse não transparecer. 

 Quando sai Zayn também sai da cabana, escutamos um barulho de animais e olhando mais atrás, eles tinham criações de javali selvagem, gordos e prontos pro abate. Também dava para notar a plantação de horta mais a frente. Então, pelo menos, esses urgals, não estavam passando fome. O problema maior deles e que iriam pender para se eles nos ajudariam ou não era a questão da caçada contra eles mesmo. 

  Um dos guardas tanto nos mostra o caminho, quanto nos dá um aviso que se atacássemos, eles iriam revidar. Somos levados para uma area aberta, com várias mesas e bancos de pedra. No centro tem a maior, onde Durzan está sentado com a família. Dois lugares vagos estão ali o guarda nos deixa na sua frente. 

 Durzan estende a mão e nos convida a se juntar a ele. Fazemos isso e um prato com o que parece ser bacon é colocado na nossa frente, junto com uma folha verde que eu nunca vi na vida. 

Night Court - Zayn Malik.Where stories live. Discover now