Night Court - Zayn Malik.

Capítulo 30: Órfã.

Estou tentando postar esse desde 12:00 e a internet fica indo e voltando :( desculpem a demora e espero que gostem

Boa Leitura, xoxo

 A R I A

Louis era o mais velho de todos nós e isso significava muito, então achamos que seria mais lógico perguntar para ele o que diabos o Entalhador quis dizer comigo sendo seu semelhante. Antes disso, porém, avisamos sobre a nossa visita aos outros grãos-senhores, falando o que ele disse sobre continuar a tentar a ajuda com o continente e que até o momento estávamos em vantagem. Não ousamos sequer mencionar o que ele disse para mim, com medo da revolta que isso poderia causar.

Vamos aos fatos, qualquer coisa que envolvesse a gente e poder causava revolta. Tinha certeza que se um dia tivéssemos filhos, os mesmos que hoje chamamos de aliados, fariam de tudo para os caçarem e matarem e só desistiriam quando eles alcançasse a vida adulta. Foi assim quando Zayn nasceu, foi assim quando eu nasci e assim seria se/quando nossos filhos nascessem. Nem precisavam ser nossos, meu e dele, poderia ser um dele com outra pessoa ou um meu com qualquer um. Éramos uma ameaça e eles sabiam disso.

Com os grãos-senhores avisados e um navio de Cyan pronto para zarpar, estava me sentindo um pouco mais aliviada, mesmo que as lembranças da Prisão ainda me causassem um arrepio aqui e ali, quando lembradas.

- Quem era para você? - Pergunto para Zayn num dia, enquanto estamos no meu escritório. Mais tarde, iríamos falar com Louis. - O Entalhador, digo. - Específico e ele levanta o olhar do papel que estava cuidadosamente escrevendo uma carta. Deus sabe pra quem.

- Era o meu pai. - Ele dá de ombros, voltando a escrever, mas me pergunta. - E para você?

- Como ele escolhe com quem vai se parecer? É aleatório? Ele pode inventar uma aparência? - Zayn nega.

- Inventar, não. Ele toma a forma de qualquer ser que já existiu e que passou pela sua vida. Acho que é aleatório. - O sorriso travesso que me assombrava, junto com os olhos prateados, não eram aleatórios. Foram bem intencionais e eu tinha certeza disso. - Por que? Quem era pra você?

- Alguém que eu nunca vi na vida. - Falo a verdade e ele fica confuso com isso.

- Engraçado. Posso ver? Vai que eu conheça. - Quase rio. Não, ele não conhecia. Ao menos que ele tivesse um filho por ai, mas... Tiro isso da cabeça, a criança era a mistura perfeita de nós dois. - Aria? - Pisco, saindo do transe de pensamentos que tinha entrado e lhe mando uma imagem perfeita do menino de cabelos escuros e olhos prateados que estavam ocupando boa parte dos meus pensamentos.

- Oh. - É a sua reação e ele parece tão atordoado quanto eu, quando o vi.

- Sim, oh. - Concordo e ele fica em silêncio, não voltando a atenção para a carta que antes parecia tão empenhado e interessado.

- Eu não sabia que ele podia ver o futuro de forma tão clara. - Ver o futuro?? Sim, eu sabia que ele tinha resposta para tudo e imaginei que um dos seus poderes foi algo parecido com isso, mas não achei que era algo assim tão "fácil" para ele perder tempo vendo isso. Mas se bem que não seria uma perda de tempo, já que nossos filhos seriam - se existissem - algo bem pesado na balança de poder de Prythian.

- Certeza que ele não pode inventar uma aparência? - Zayn concorda.

- Poder, ele pode. Se for algo intencional. Mas para isso, ele iria precisar assumir a mesma forma para mim também e não duas diferentes. - Oh, porra. De novo, não sabia se o fato me assustava ou o que. Não é porque eu estava com Zayn que estava imaginando esse tipo de coisa com ele. Ainda mais numa guerra.