Capítulo 64: Dor, sofrimento, angústia e desespero.

87 8 2
                                    

Boa leitura, xoxo

   Z A Y N

  Era estranho pensar como nossa mente funcionava, porque eu tinha certeza que estava em completo delírio agora, mesmo estando sem consciência. 

 Eu acordei com o meu corpo doendo como se estivesse em brasas, notando apenas depois que pela primeira vez em.. dias? Semanas? Eu já não sabia mais dizer, estava sentindo minha mão. Minha mão de verdade e não a imaginária que eu possuía na minha cabeça. Aquilo ali foi um grande avanço, mas, antes que pudesse me concentrar naquilo, uma dor trucidante começou a percorrer minhas veias, pior do que já estava, correndo e se concentrando em uma única direção. 

 A tatuagem - ou melhor dizendo, marca de nascença, herdada do meu pai. - estava queimando, ao mesmo tempo que estava fria. Sentia a carne em volta sendo mastigada, como se estivesse apodrecendo mesmo, o tecido parando de ser útil pro corpo e começando a ser expelindo. A questão era que ela não queria sair, então estava uma dor constante, não apenas ali, mas em todo o corpo, de ela lutando e se grudando cada vez na minha pele. 

 Eu não sei o que desencadeou isso. Só sabia que, a partir de certo ponto, a dor foi tamanha que eu me senti fora do meu corpo. Observando de longe. Sabia que o meu nariz estava sangrando e sabia que todo o resto do meu corpo também queria sangrar. Os espasmos que estava acontecendo já não me incomodavam mais, porque eu estava muito longe para sentir qualquer coisa. 

 Por um momento, penso que era isso. Era a morte me levando. Não tinha outra explicação. Ninguém aguentaria tanta dor e sobreviveria. Agora mesmo eu estava sentindo tanta coisa ao mesmo tempo que fiquei dormente. Eu estava sentindo dor, mas era tanta, mas tanta, que eu não conseguia assimilar ela para sentir de uma vez. 

 Você não vai conseguir me expulsar sem morrer junto. Se eu tivesse uma cabeça, teria olhado em volta. Eu não pensei isso, apesar de soar exatamente como eu e eu não conseguir diferenciar o que era eu pensando e o que não era. Por que? Por que tentar se livrar disso? Aceite o presente que o seu pai te deu e conquiste o que já deveria ter sido conquistado. O que é apenas a Corte Noturna quando você pode conquistar o mundo? 

 Mas que diabos? A dor aumenta e não é como se eu estivesse fazendo alguma coisa conscientemente. Queria sair daquilo? Queria me livrar disso? Claro que sim. A questão era que eu não sabia como e nem sabia o que estava acontecendo agora. Se tivesse tempo para chutar alguma coisa, diria que o ferro finalmente começou a fazer efeit... 

 "O que está acontecendo?!" A voz não era minha e nem da minha cabeça. Mas, se eu fosse chutar de quem era, chutaria que era de Liam. Bem, bem, zangado. 

 "Aqui embaixo ou lá em cima?" A calma fria na voz me lembra Sapphire, mas fico me perguntando se estou alucinando. 

 "Ambos!" Se fosse realmente Liam, ele estava bravo. 

 "Aqui estou tentando fazer que ele não morra por hemorragia e nem se machuque com os espasmos que o seu corpo está dando. Depois de quase um ano, finalmente entrou ferro o suficiente no seu sistema para abaixar o poder de seja lá o que estava ou está controlando ele. Seu corpo está respondendo da forma que pode, tentando expelir o símbolo que aparenta ser a causa de tudo." 

 Novamente, não sabia se estava escutando as coisas em volta de mim ou se estava imaginando cenárias fictícios na minha cabeça. A única coisa que não me dava certeza de estar alucinando era a falta da Aria ali. Se eu tivesse a chance de alucinar, duvidava que perderia a chance de fazer isso com a pessoa que mais queria ver, principalmente depois do nosso último "encontro". 

 "Por que você apenas não arranca do braço dele?" Era uma boa pergunta. 

 "Eu já tentei. Se regenera em segundos. O corpo dele tem que fazer isso sozinho." Fico um pouco feliz com isso. Eu não teria que fazer nada. 

Night Court - Zayn Malik.Where stories live. Discover now