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"[...] Então me deixe te cuidar, nem que seja só enquanto machucada, eu prometo não falhar."


     Minha perna doía muito, tanto que eu arfava, abri meus olhos e fui surpreendida com a claridade e os raios de Sol entrando pela janela, droga de cortina que esqueci de fechar ontem:

       ㅡ MINHO!ㅡ berrei com a voz embargada de sono e dor.

       ㅡ O que foi, Aurora?ㅡ adentrou o quarto correndo, quase ao ponto de tropeçar nos próprios pés ㅡ Espera, me chamou de Minho? Já se apaixonou por mim?

        ㅡ Isso não vem ao caso agora, apenas me traga um analgésico o mais rápido possível.

         Pensei que fosse resmungar ou dizer "não quero", mas tampouco emitiu um som com a boca e saiu do quarto, não era muito de seu feitio fazer coisas de bom grado. Alguns segundos depois, me trouxe um comprimido e um copo d'água:

         ㅡ Desculpe por ter te criticado ao me chamar de Minho e por ter deixado meu lado narcisista transparecer.ㅡ disse ao me entregar o remédio.

           Eu realmente tinha ouvido isto? Ou estava delirando de dor? Minho tinha mesmo pedido desculpas?

            ㅡ Não há porque pedir desculpas, afinal é o seu jeito, está no direito de se sentir incomodado.

            Engoli o comprimido e bebi um gole de água logo atrás.
   
             ㅡ Obrigado!
 
             ㅡ Qualquer coisa me chame, irei fazer o café da manhã. ㅡ saiu dali me deixando à sós em meio à roupas jogadas, poeira do ar, e a dor na perna.

              Hoje não haveriam aulas, a Universidade se deu com um problema na eletricidade e todo o prédio está em manutenção por tempo indeterminado. À tarde, Jeongin viria para fazermos um trabalho de pesquisa sobre glóbulos  sanguíneos.

               Levantei-me da cama de forma que minhas pernas se arrastavam, ainda sentia dor pois o analgésico ainda não tinha surtido efeito. Coloquei um short jeans azul claro e uma camiseta rosa bebê e prendi meu cabelo num coque desajeitado, saí do quarto ainda mancando um pouco:

                ㅡ Não estou com fome.ㅡ resmunguei, indo em direção à lavanderia.

                ㅡ Você há de comer, ou não quer sarar dessa droga?

                ㅡ Ah, isso é só um machucado.ㅡ assegurei enquanto pegava um balde, um pano e o rodo.

                ㅡ O que vai fazer?ㅡ indagou terminando de engolir sabe-se lá o quê.

                ㅡ Limpar a casa.

                ㅡ Então foi pra isso que tomou analgésico? Para não deixar que nenhuma dor lhe atrapalhasse a arrumar a casa?ㅡ eu assenti com a cabeça como se fosse óbvioㅡ Não vai não!

                Dei de ombros e iniciei o processo, a começar pelo chão da lavanderia:

                ㅡ Aurora! Pare já o que está fazendo!ㅡ gralhou Minho, mas eu não liguei.

The same apartment - Lee KnowWhere stories live. Discover now