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Aurora Point of View

     Acordei com dor nas costas, abri meus olhos e estava num sofá pequeno que ficava no quarto do hospital. Usava uma bata de paciente, meu vestido estava pendurado num gancho na parede, juntamente com meus sapatos e tiara. Cocei a cabeça, meus cabelos estavam emaranhados e cheios de nó, à minha frente, Minho deitado.

     Me levantei dali, questionando sozinha quem teria me trazido ali e como eu não tinha percebido, aproximei-me de meu namorado e ele dormia serenamente, ainda efeito da forte anestesia geral. Peguei um banquinho que havia ali perto e me sentei próxima à maca:

    ㅡ Me desculpa... Eu não sabia que o pai daquele homem tentaria te matar. Eu espero que você entenda que isso foi totalmente contra a minha vontade e que eu não me casaria com ele se não fosse pela minha madrasta.ㅡ segurei em sua mão.ㅡ E agora, por culpa minha, você está aqui, quase morrendo.

    Lágrimas brotaram em meus olhos e abaixei minha cabeça. Senti minha mão ser apertada e elevei o rosto, Minho abria os olhos vagarosamente:

    ㅡ A-a culpa não é sua.ㅡ disse com dificuldade.

    ㅡ Você acordou!ㅡ exclamei feliz e distribuí beijos por sua mão ㅡ Tem dor em algum lugar? Precisa de alguma coisa? Quer que eu chame um médico?

    ㅡ Você é minha médica...

    Sorri com aquela sentença afirmativa, mas não podia deixá-lo ali sem algum profissional:

    ㅡ Eu volto com a Dra. Ana, fique aqui.

    Saí correndo dali até a emergência, onde a médica jogava conversa fora com um enfermeiro alto encorpado:

    ㅡ Aurora? O que faz aqui?

    ㅡ O Minho, ele acordou. Venha, venha logo.ㅡ peguei em sua mão e a puxei, correndo em direção ao quarto onde estávamos.

    Dra. Ana deu uma olhada na ferida de Lee, sua temperatura e pressão, disse que estava tendo uma recuperação muito rápida:

    ㅡ Você pode almoçar comigo hoje? Deixo uma enfermeira aqui com Lee, mas tenho um assunto sério a tratar contigo.

   Pelo jeito que Ana Caetano falava, parecia sério mesmo. Concordei e beijei a testa de Lee antes de sair dali, fomos ao refeitório e pedi apenas uma porção de macarrão:

   ㅡ O que exatamente queres?ㅡ indaguei comendo rapidamente, não me alimentava desde o almoço de ontem.

   ㅡ Eu vi o seu potencial. Você tem talento demais pra passar mais dois anos estudando numa sala.ㅡ até então não entendia onde ela queria chegar, mas de repente, falou na lata ㅡ Posso adiantar sua residência.

   Arregalei os olhos, estupefata:

  ㅡ Como pode fazer isso? Eu me formaria com apenas oito anos de faculdade?

  ㅡ Você sabe demais, Aurora, você nasceu para salvar vidas. E esse talento não pode desperdiçado durante dois anos trancafiada numa faculdade. Meu tio é dono da universidade onde você estuda na Coreia do Sul.

  Meu queixo caiu e levei as mãos à boca.

  ㅡ Está dizendo que eu posso me formar mais cedo?ㅡ indaguei empolgada.

  ㅡ Sim, mas para isso, obviamente precisa fazer uma prova rigorosa.

  ㅡ Eu farei.ㅡ assegurei, em seguida voltando a comer.

  Me lembrei que não tinha roupas e nem produtos de higiene para ficar no hospital com Minho:

  ㅡ Pode me emprestar seu celular?

The same apartment - Lee KnowOù les histoires vivent. Découvrez maintenant