Decisões

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Darken voltou para o Castelo visivelmente consternada pelos acontecimentos na floresta das fadas.
Não bastava ter que lidar com a tomada do Reino sozinha, sem seu pupilo para a ajudar, mas ter que lidar com a nova líder das fadas querendo fazer algum tipo de rebelião, deixava Darken possessa.

Ela foi direto para seu aposento, pegou um copo de cristal o enchendo com foi dedos da potente bebida que ali havia e engoliu tudo de uma vez, para logo em seguida jogar o copo na parede. Nem mesmo aquele ato foi capaz de acalmar seus nervos.

Ela tinha que ter alguma tática. Tinha que parar as fadas e seus truques infantis só não sabia como, ainda. 
Um plano para o casal maravilha ela já tinha, bastava apenas contatar Efraim e tudo iria ficar bem.
Darken abriu a porta com o intuito de berrar o nome de Golbery, mas não foi necessário já que o criado encontrava-se com a mão levantada no ar pronto para bater na superfície de madeira.

— Iria te chamar inútil. Não te vi na entrada a minha espera. Quantas vezes tenho que lhe ensinar que esse é o correto? 

— Mil perdões rainha, houve assuntos que não puderam esperar nem um segundo e demandaram medidas drásticas... — Darken levantou a mão impedindo que o criado concluisse o discurso de desculpas esfarrapadas.

— Antes que continue exijo que vá até o que sobrou do Reino da escuridão e mande chamar Efraim imediatamente, preciso falar com aquele verme.

— Não sabemos se ele continua no Reino majestade. 

— Eu não quero achismos Golbery, quero soluções. Cumpra minha ordem idiota. — O criado assentiu freneticamente com medo.

— Rainha houve um problema no calabouço, um dos prisioneiros tentou fugir. — Darken se virou e olhou para o criado furiosa.

— Quem se atreveria? 

— A bruxa da terra. Ao que parece ela criou um pequeno terremoto para que as algemas a soltassem. Por sorte ela foi contida por uma dúzia de guardas, mas eles precisam de cuidados pois ela conseguiu derrubar mais da metade deles.

— Maldição. — Ela fez uma pausa e tentou controlar a aura obscura que trepidava ao redor de seu corpo, a energia tentando se desprender, pedindo para ser liberada.— Eu vou resolver isso Golbery. Vá imediatamente buscar Efraim. — O criado assentiu e se retirou deixando Darken desfrutar de toda a sua ira.

— Pelo visto a ratinha queria fugir. — Ela sorriu e assoviou, logo seu corvo pousou em seu ombro e ela o olhou com adoração. — Vamos ensinar para aquela bruxa que não se pode fugir de mim assim. — Darken saiu do quarto rapidamente e os corredores pareceram diminuir de tamanho conforme ela passava por eles apressadamente.

Logo ela avistou o calabouço imundo onde seus prisioneiros se encontravam. Passou pela cela de Laynei, decidindo a deixar por último, e foi ver o estado de Kindom.
O antigo monarca se encontrava com um semblante pálido quase cadavérico, mas por incrível que pudesse parecer o sangramento já havia parado graças a curandeira.

— Você está em um terrível estado majestade. — Ela disse de forma sarcástica e sorriu logo em seguida.

— Me mate logo seu demônio. — Kindom falava entre respirações rápidas como se aquele simples ato exigisse um enorme esforço.

Darken passou a mão sobre as penas negras de seu corvo e uma sobrancelha se levantou deixando a deformidade da sua cicatriz ainda mais aparente.
Se aproximou como uma cobra prestes a dar o bote e levantou o rosto de Kindom com repulsa em seu olhar.

— Mas iria tirar toda a graça do termo tortura. — Com isso dito ela largou o rosto dele e se dirigiu para onde Laynei se encontrava.

A bruxa estava com os braços e pernas presas por uma algema e a cabeça coberta por um capacete de metal que Darken fez questão de retirar para olhar os belos olhos translúcidos da bruxa da terra.

Reinos da magia ( Em Revisão )Where stories live. Discover now