A bruxa das quatro faces

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Darken olhou para trás ao ouvir o barulho do corpo de Faire caindo no chão. Espanto e surpresa marcavam sua expressão facial.

— Posso saber o que significa isso caçador?  — Kyle deu de ombros e voltou a posicionar seu arco no lugar, pegando a flecha no chão e fazendo o mesmo com ela também. 

— Ela iria lhe matar da maneira mais vil possível minha senhora, fiz o quê tinha que ser feito. — Ele falou de maneira descontraída, como se o quê tivesse acabado de fazer fosse algo nomal.

Darken o viu com outros olhos naquele momento, já era a segunda vez que Kyle lhe salvava, aquilo só provava o quão leal ele era e uma parte das desconfianças dela caíram por terra.

Darken foi até o corpo da fada e o empurrou com o pé, olhando para o rosto — que Darken sabia que não se tratava do rosto verdadeiro de Faire — e cuspiu nele.

— Foi muita sorte você ter conseguido matar essa cobra antes que ela conseguisse sair dessa carcaça inóspita. — Darken estalou os dedos e Golbery apareceu de forma rápida, como sempre. — Retire isso, não gosto da visita de abutres e logo eles aparecerão.

— Sim senhora. — Golbery saiu mancando atrás de alguns guardas para lhe ajudar naquela tarefa.

— O que pretende agora rainha? — Kyle perguntou.

Ele sabia que as fadas ficariam furiosas e tentariam revidar. Kyle achava provável que elas apelassem para Thamerya.

— Meu plano não morreu ainda caçador, mas quero queimar aquela floresta.

— Pense bem minha senhora, elas podem contatar Thamerya.

— Essa bruxa não deve nem estar viva, se está não irá se meter comigo. Conheço Thamerya, ela resolveu se exilar por não aguentar mais as brigas dos reinos. — Darken o olhou de relance e sorriu. — Continue focado também caçador, pois ganhou pontos comigo por tal ato.

Delma escutava todo o relato de Darken com uma repulsa visível em seus olhos sem vida e sem brilho

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Delma escutava todo o relato de Darken com uma repulsa visível em seus olhos sem vida e sem brilho. As pessoas sempre tinham algo que demonstrasse bondade e amor, fosse em seus olhos ou em seus semblantes, mas no caso de Delma ambos faltavam.

— Então acredita que aquilo fora um ato de lealdade para com a senhora? 

— Não tenho o porquê duvidar Delma. — Ela bebeu um grande gole de vinho e repousou a taça com todo o cuidado por sobre a mesa.

Darken não tinha aqueles privilégios em seu antigo Reino, dado a dificuldade da terra produzir algo que não morresse logo em seguida. Nada dava frutos lá, o povo e por consequência ela, eram obrigados a desfrutar de tudo o que havia de ruim naquele território.

Darken pensava a respeito da pergunta de Delma, não havia mais o porquê duvidar de Kyle, ele já havia provado para quem ele era leal e ela estava muito satisfeita com aquilo. Um brilho diferente reluzindo em seus olhos, o qual Delma notou de imediato. 

Reinos da magia ( Em Revisão )Where stories live. Discover now