Reinos da magia ( Em Revisão )

Tentativa perigosa

Estar do lado de fora apreciando a bela paisagem a frente fizeram Laylin respirar aliviada após sentir-se como se o ar lhe faltasse a cada segundo passado dentro da sala de jantar com Auheb reclamando após receber um convite de Darken para o festival. Era como uma afronta direta e ele teve que ser segurado para que não reagisse mandando tropas para o Reino da água.
Dan seguia ao lado da jovem e assobiava algum tipo de cantiga que ela conhecia muito bem, tão bem que dava até vontade de fazer o mesmo, se caso soubesse assoviar.
Ela o olhou de soslaio e colocou uma mecha de cabelos por detrás da orelha. 
Laylin não sabia explicar o que sentia ao olhar para o garoto, mas sabia que nunca havia sentido nada igual como se seu estômago estivesse repleto de belas borboletas alçando vôo ao mesmo tempo. Era maravilhoso e confuso ao mesmo tempo.

— Está nervosa? — Ele disse fazendo com que o silêncio auto imposto pelos dois se quebrasse. 

— Com nossa ida ao Reino da água? 

— Sim. 

— Ah não, só quero ajudar minhas irmãs e acabar logo com isso tudo. No mais estou bem.— Ela disse secando o suor que brotava nas mãos no vestido amarelo que os criados do Reino lhe arrumaram.

Dan parou no lugar e pegou na mão da moça a fazendo parar também e o olhar nos olhos.
Ela sentiu-se corar e desviou o olhar para o canteiro de rosas vermelhas.
Ele passava o polegar pela palma de sua mão e ela sentiu um arrepio gostoso percorrer seus braços até chegar ao seu coração o fazendo bater mais rápido.

— Sei que está nervosa e não tiro sua razão. Não será nada fácil. — Ela assentiu e respirou fundo.

— Só estou com medo de algo dar errado, de falhar como falhei com Linary. — Dan levantou as mãos da moça e depositou um beijo suave nelas, nunca desgrudando o olhar dos olhos translúcidos de Laylin.

— Eu vou te proteger custe o que custar. — Laylin arregalou os olhos e Dan afastou os lábios de suas mãos.

— Dan... Posso te perguntar algo? — Ela disse com receio.
Laylin não queria perguntar, mas não era de fazer rodeios e precisava tirar as dúvidas que tanto permeava sua mente, que tanto a atormentavam.
— Sente algo por mim? — Ela mordeu os lábios após dizer tais palavras o medo de ter feito papel de tola chegando tarde demais para impedir tal fala.

— Ainda pergunta Laylin? Acho que está escrito na minha testa, desde que te vi naquela floresta senti que te conheço há tempos, uma vida. 

— Não acha que sou uma garota tola e jovem demais para sentir isso? — Ele colocou a mão dela, ainda unida pela dele, em seu peito onde seu coração batia acelerado como asas de um beija flor.

— Sente isso? — ela assentiu mudamente. — Sua tolice completa a minha então. Meu único medo é de que tudo dê errado.

— Se tudo der errado vamos dar um jeito de estarmos juntos, me procure nas borboletas azuis. — Ela disse aquilo em um ímpeto, sentia que havia necessidade para tais palavras.

Ele sorriu e passou as costas de seus dedos por suas bochechas, logo em seguida o indicador desenhou a forma dos lábios da jovem e Dan aproximou-se incapaz de conter mais. Como se ele tivesse sido privado de algo por muito tempo e não poderia o perder, como se o mundo fosse acabar naquele momento.
Laylin arregalou os olhos conforme o menino de cabelos cacheados se aproximava e os fechou rapidamente, ansiosa, esperando. Se perguntando se era realmente aquilo que ela queria e já tinha a resposta, sim, mais do que tudo.
Logo seus lábios encostaram-se nos dela em uma carícia suave leve como asas de uma anjo. Lábios selados e um beijo casto que foi interrompido por um barulho de casco de cavalo batendo ao chão.