Feitiços proibidos

399 78 663
                                    

Por mais que um sorriso surgisse no rosto de Linary ao ver as irmãs se abraçando em um entusiasmo visível, ela não conseguia pegar um pouco daquela alegria.

Estava apreensiva e chateada, só queria notícias de Linayna e enquanto não soubesse como a irmã estava não conseguiria pregar os olhos e dormir o sono dos justos.

— Eu estava passando fome mana. Linary é uma péssima cozinheira. — Linary escutava quieta as reclamações de Laylin a respeito de sua comida.

— Fique tranquila bonequinha agora você irá se alimentar bem.

— Vai fazer o bolo de frutas que gosto? — Laynei assentiu e aquilo foi o suficiente para que Laylin pulasse no colo dela como uma criança.

— Ei, Linary. O que há com você? Está muito quieta. — Ao escutar a voz da mais velha, Linary piscou e deu um sorriso para disfarçar toda a agonia que estava sentindo.

— Entrem as duas, vou aproveitar que estou na ativa e ir até o Centro comprar as frutas frescas. 

— Eu levo sua bolsa para dentro de casa. — Linary disse e foi até a carroça para pegar a bolsa de roupas.

Laynei seguiu para o Centro do Reino da terra e deixou as irmãs sozinhas novamente.

Linary foi para o quarto e começou a colocar no lugar tudo o que Laynei havia levado na viagem. Quando foi colocar um par de botas pretas no alto da prateleira, seus dedos tocaram em algo com textura áspera. Curiosa, ela pegou um banquinho, que balançava com seu peso, e subiu nele para olhar melhor o tal objeto misterioso.

Sorriu ao sentir seus dedos se fecharem no livro que estava, até pouco tempo, longe de seu alcance. Ela sabia que se tratava de um livro visto diversas vezes por ela só que Linary não tinha acesso à ele, visto que Laynei o protegia com unhas e dentes.

Linary aproveitou a ausência de sua irmã para pegar o tal livro que ela volta e meio, usava para a realização de poções e feitiços brandos.

Laynei dizia que nele havia muito conhecimento e que aprendera muitas coisas ali. Pois ela também queria aprender algo.

— Linary o que está fazendo? — Ela escutou Laylin dizer.

— Não lhe interessa, cale a boca e me ajude aqui. 

— Laynei não vai gostar de saber que você andou fuxicando as coisas dela.

— Não vai saber se não contar. — Linary já estava com o rosto prensado no armário, tamanha dificuldade que havia em puxar o livro pesado.

Quando por fim conseguiu, sentiu seu corpo cair para trás, ela soltou um grito agudo já imaginando os estragos que a queda poderia acarretar. Mesmo não sendo uma altura considerável, a queda iria pelo menos acarretar alguma marca roxa.

Mas antes que suas costas pudessem tocar o chão, Linary sentiu uma brisa leve por seu corpo, como se ela estivesse levitando, logo em seguida, sentiu seus pés tocarem o chão.

Seus olhos estavam arregalados e sua boca aberta com uma exclamação presa, Linary se deu conta de que fora Laylin que havia a ajudado, dado ao sorriso matreiro que havia no rosto da irmã mais nova.

— C-como fez isso Laylin? — Ela sabia a resposta mas tinha medo de dar voz aos seus pensamentos.

— Não é legal? — Laylin sorria como uma criança que acabara de ganhar um brinquedo.

Estava sentada na cama, com as pernas balançando de forma frenética, como se o que tivesse feito fosse natural.

— Não acho graça quando você faz isso. Prometa não fazer isso na frente de ninguém, nem de Laynei. 

Reinos da magia ( Em Revisão )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora