Revelando o passado

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Aviso de gatilho
Tortura
Estupro
Tortura psicológica
Violência

20 anos atrás

Auheb olhava para todo o território do Reino do fogo na mais completa contemplação.
O verão estava dando as caras mais cedo do que era esperado e o calor que fazia era tanto que o suor escorria pelos corpos das pessoas sem que nenhum esforço fosse feito.

De onde ele estava se era possível ver as pessoas comprando, conversando ou apenas se cumprimentando pelo Centro do Reino e, por mais que estivesse longe, ele podia ver os lábios deles se movendo.
Para Auheb aquilo era uma boa distração da rotina em que vivia no castelo. Ficar longe do seu pai era um alívio para ele, um respiro em meio ao pandemônio.
Toiquer exigia que ele fosse mais responsável, que pensasse no baile de casamento que estava chegando e no futuro do Reino. 
Mas Auheb pensava apenas em um dia de cada vez e, por aquele motivo, as brigas com seu pai era demasiadamente grandes.

Ele contemplava o pôr do Sol do alto de uma árvore.
Auheb costumava fazer aquilo sempre, todo dia, em todo pôr do Sol.

— Não tem medo de cair daí? — Ele escutou uma voz suave vindo de baixo.

Auheb dirigiu seu olhar para o chão e viu uma moça esguia e muito bela o analisando com um sorriso brincalhão em seus lábios.
Ele saltou da árvore e sentiu sua perna doer no processo de exibição, na tentativa de surpreender a moça com tal façanha.

— Faço isso todo dia, não há perigo de cair. — Ele falou e deu um sorriso ao analisar melhor a imagem da jovem a sua frente.

A moça tinha longos cabelos negros que chegavam até a sua fina cintura. Olhos que acompanhavam o tom de seus cabelos com pequenos riscos caramelados na íris. A boca era de um vermelho vivaz e um dos cantos estava elevado em um sorriso de canto. 
A moça era linda demais.
Ele achava aquele tipo de beleza era único e diferente já que era acostumado com moças de comportamentos e estilos diferentes.
Eram sempre recatadas, submissas e não falavam sem a permissão dos pais.
Seu pai adorava, mas ele achava aquilo um inferno. Ter que lidar com aquele tipo de pessoas sem opinião própria.
Ele odiava porque era exatamente assim que ele se comportava na frente do pai.

— Acho espetacular quem sabe subir em árvores. — Ela aproximou-se de Auheb como fosse contar um segredo para ele. — Tenho medo de altura.

— Não há o que temer. Devia ser mais aventureira. — Ela assentiu, mas nada disse.

— Tenho que ir. — Ela falou sem nem olhar para ele. — Minha mãe me espera.

— Já vai. Nem me disse seu nome e onde mora. — Ela o olhou de cima abaixo como se o analisasse com o olhar, como se fosse capaz de desvendar todos os segredos dele.

— Sei que faz parte da nobreza e onde moro as pessoas costumam não se misturar com a nobreza. — Ela ajeitou a cesta que carregava e saiu sem nem olhar para trás.

Auheb ficou estupefato com as palavras da bela jovem e não estava disposto que aquele encontro terminasse ali. 
Ele queria saber mais sobre ela. Qual era a sua cor favorita, o que gostava de fazer nas horas vagas, o cheiro de seus cabelos, o sabor de seus lábios.
Ele viu a moça já longe e tomou uma decisão fazendo com que suas pernas o obedecessem para segui-la.

Ele viu a moça já longe e tomou uma decisão fazendo com que suas pernas o obedecessem para segui-la

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Reinos da magia ( Em Revisão )Where stories live. Discover now